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Bolsas da UFPel são pagas em dezembro

Após anúncio dos cortes orçamentário e financeiro no mês de dezembro, uma série de ações foram tomadas pela Reitoria da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) (leia mais abaixo). Após muitos diálogos e protestos, a liberação do recurso financeiro específico do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) foi feita na última quinta-feira (08). Com isso, tornou-se possível realizar o pagamento de todos os auxílios a discentes beneficiários de Programas de Assistência no dia 08.

Apesar de a UFPel não ter recebido recurso para quaisquer outros pagamentos, foi feito um remanejamento de fonte de recursos, o que permitiu também o pagamento de todas as bolsas oferecidas pela UFPel. Assim, estes pagamentos foram realizados nesta segunda-feira (12).

Para a vice-reitora, Ursula Silva, foi importante o movimento de todos (as) estudantes, servidores e gestão, no sentido de garantir o pagamento dos compromissos com bolsas, auxílios e contratos. Foi também essencial, apontou, o apoio e a compreensão da comunidade, que percebe que há um impacto na economia da região com a atuação da UFPel. “Esperamos não ter que passar mais por situações de desorganização e irresponsabilidades no repasse de recursos federais, pois deixa insegura nossa comunidade acadêmica, especialmente os (as) estudantes, e impede as ações de ensino, extensão e pesquisa”, disse.

O pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Paulo Ferreira Júnior, destacou que a gestão tem feito todo o possível para trazer o menor impacto para os estudantes. Portanto, efetuar esses pagamentos já agora, junto com os demais, era muito importante. “Graças ao trabalho incansável e de muita qualidade da Pró-Reitoria Administrativa isso foi possível”.

Situação financeira
O recente desbloqueio, destinado à assistência estudantil, foi apenas de R$ 1,5 milhão, o que representa 25% do montante. O restante ainda permanece bloqueado – ou seja, serviços terceirizados e contas de fluxo contínuo, como energia elétrica, continuam sem pagamento. Com os cortes sofridos anteriormente, ainda que haja eventual liberação financeira, a previsão da instituição é fechar o ano com R$ 6 milhões de déficit. A previsão inicial era de R$ 11 milhões, mas o valor caiu para R$ 6 milhões devido à contenção de despesas e cortes de postos de trabalho. “Começaremos 2023 com contas de 2022 a pagar”, lamentou a reitora Isabela Andrade.

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