Crise no Orçamento: gestões da UFPel e do IFSul reúnem-se com a prefeita
A reitora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Isabela Andrade, e o reitor do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul), Flávio Nunes, apresentaram à prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, a situação crítica vivida pelas instituições com a crise orçamentária. O encontro ocorreu na tarde desta terça-feira (06) e contou com a presença de integrantes do Comitê de Crise formado pela UFPel para fazer frente à problemática.
Durante a reunião, os gestores trouxeram os números do novo bloqueio de recursos orçamentários e financeiros por parte do Ministério da Economia, que zerou as contas das instituições federais de ensino superior. Ao todo, contando com os recursos da assistência estudantil, bolsas de ensino, pesquisa e extensão, contratos com empresas terceirizadas e despesas contínuas, R$ 8,5 milhões (entre UFPel e IFSul) deixam, já de imediato, de circular na economia local. Os valores são referentes a serviços já prestados e despesas que deveriam ser pagas em dezembro. Junto a esses, somam-se ainda R$ 6,4 milhões de crédito – ou seja, valores que poderiam ser utilizados neste último mês de 2022. Considerando essas duas perspectivas, são quase R$ 15 milhões que não serão injetados neste fim de ano.
O principal impacto, na avaliação dos gestores, diz respeito às questões de assistência estudantil – os estudantes em vulnerabilidade social deixam de receber auxílios moradia e alimentação, por exemplo – e pagamento de contratos de serviços terceirizados, o que atingiria os funcionários.
Ao ouvir atentamente o relato de uma situação inédita nas instituições federais de ensino superior (IFES) e se solidarizar com o grupo, a prefeita Paula Mascarenhas colocou-se à disposição para auxílio nas frentes que forem possíveis. “Nem é preciso dizer da importância da UFPel e do IFSul para Pelotas”, destacou. “Essa união nos dá força”, pontuou a reitora Isabela.
As instituições estão mobilizadas para conversar com outras entidades para sensibilizar a respeito do problema e procurar mitigar os reflexos principalmente na vida dos estudantes. Dentre as ações planejadas até o momento estão reunião com o Ministério Público Federal e coletiva de imprensa para tratar do tema com máxima transparência – que também ocorreram na tarde desta terça –, encontro com a Defensoria Pública da União, reunião com estudantes e também com o Secovi Zona Sul – Sindicato da Habitação.
Conforme explicaram os dirigentes, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) estão atuando arduamente para a reversão do bloqueio.