UFPel apresenta projetos voltados ao desenvolvimento regional durante evento na Fenadoce
Na última segunda-feira (28), a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) apresentou dois projetos para o desenvolvimento regional no auditório da Fenadoce. O evento contou com autoridades da Universidade, entidades públicas e instituições parceiras.
O primeiro projeto apresentado foi o novo programa de extensão, intitulado como “Qualificação das agroindústrias da Zona Sul”, fruto da colaboração entre a UFPel e o Consórcio Regional de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Consórcio Copes) da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), que visa apoiar a profissionalização de agroindústrias familiares na Zona Sul. A iniciativa permite a comercialização entre 23 municípios consorciados, beneficiando mais de 150 agroindústrias, entre abatedouros e unidades de beneficiamento de leite, mel, ovos, carne e pescado, com 35 delas situadas em Pelotas.
A UFPel ofertará análises físico-químicas, microbiológicas e de água nos seus laboratórios, garantindo segurança alimentar e legalidade às vendas. O projeto mobiliza cinco laboratórios e envolve cursos como Medicina Veterinária, Nutrição, Engenharia de Alimentos, Agronomia e Engenharia Agrícola.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Fábio Lima, ressaltou que o projeto oferece proximidade ao produtor, reduzindo custos e trazendo tecnologia, inspeção ambiental e apoio à comercialização. “É bom para a região e para a formação dos nossos estudantes, que vivenciam realidades locais”, afirmou.
A reitora Ursula Rosa da Silva destacou a interdisciplinaridade da ação. “O convênio com o governo amplia nossa atuação no território e traz segurança aos produtores. A Universidade aproxima conhecimento e extensão da comunidade”, lembrou.
Finalizando a tarde, o projeto de extensão “Geoparque e Paisagem das Águas” foi divulgado como uma proposta de criação de um geoparque na região da Costa Doce, a ser submetido à chancela da Unesco, valorizando o encontro entre água doce, salobra, lagunar e oceânica na paisagem local. O projeto mobiliza diversas áreas do conhecimento, como Geografia, Turismo, Gastronomia, Administração e Patrimônio Cultural.
O objetivo geral é fomentar o desenvolvimento sustentável com base na geodiversidade, promovendo geoturismo, educação ambiental, preservação ecológica e fortalecimento cultural e econômico das comunidades do bioma Pampa.
A reitora reforçou que o projeto aponta para “desenvolvimento sustentável, turismo e economia criativa”, destacando a singularidade da Costa Doce como território diferenciado no Rio Grande do Sul e no Brasil.
