Pesquisa da UFPel que estuda saúde do idoso começa quinta fase com novidades
A pesquisa “COMO VAI? Estudo Longitudinal de Saúde do Idoso”, ligada aos programas de pós-graduação em Nutrição e Alimentos, Odontologia e de Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), começou a sua quinta fase em agosto. O projeto, que acompanha os hábitos de vida da população idosa de Pelotas, possibilita a compreensão dos fatores de risco e dos resultados de saúde dessa população, evidenciando aspectos importantes do processo de envelhecimento.
Com o seu início em 2014, o projeto selecionou, através de um sorteio, 130 setores censitários de 440 para participar da pesquisa. A partir da seleção, as casas com idosos foram selecionadas para o projeto. Durante as visitas da primeira fase, estudantes da UFPel dos cursos de nutrição, odontologia e epidemiologia aplicaram questionários, testes físicos e aferição de medidas antropométricas com os idosos. Outras três fases de estudo ocorreram em 2016-17, 2019-20 e 2021-22 por contato telefônico e/ou domiciliar, sendo o último focado principalmente para as questões voltadas à pandemia de Covid-19, entre elas a vacinação e o distanciamento social
Conforme o último censo do IBGE, de 2022, o Rio Grande do Sul é o estado que tem a maior proporção de idosos na população do país. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Renata Bielemann, a transição nutricional é um dos efeitos causados pela modernidade, que pode ser relacionada com o aumento da obesidade e diminuição da desnutrição. “Embora ainda verifiquemos crianças com baixa estatura, o que pode ser um indício de desnutrição, temos um problema maior de obesidade e, junto com isso, o aumento de doenças crônicas em relação ao que nós tínhamos anteriormente, que eram as doenças infectocontagiosas.”, afirmou Renata.
Este ano, a quinta fase pretende localizar ao menos 700 idosos participantes do projeto. Além das questões relacionadas à saúde, doenças, mortalidade e hábitos de vida, este ano serão abordados novas questões de saúde e bem-estar, entre elas a qualidade do sono, de vida e impacto das enchentes que atingiram Pelotas. Outra novidade é a opção de coleta de saliva para fins de estudos genéticos, além do acelerômetro, equipamento similar a um relógio, que realizará o monitoramento das atividades físicas realizadas pelos idosos. “A atividade física, especialmente de força, é importante também para manter a função cognitiva, equilíbrio e diminuir risco de quedas”, ressaltou a coordenadora.
Os resultados das fases do projeto, além de outras notícias relacionadas sobre o tema podem ser encontradas no site Como vai? – UFPel.