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Julho Amarelo: mês de prevenção às hepatites virais

O mês de julho marca uma importante campanha de prevenção às hepatites virais. Para buscar conscientizar a população sobre a importância desse gesto, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), através da Coordenação Saúde e Qualidade de Vida (CSQV), apresenta informações referentes ao assunto e convida a comunidade acadêmica a realizar esse ato de cuidado.

O conteúdo pode ser lido abaixo, na íntegra.

Julho Amarelo: Campanha de prevenção às hepatites virais

A hepatite é definida como uma inflamação no fígado que pode ser resultado da ação de vírus, medicamentos, uso de álcool e/ou drogas, doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.

As hepatites virais são motivo de preocupação devido à sua fácil transmissão e gravidade se não diagnosticadas e tratadas precocemente. São subdivididas em cinco classes: A, B, C, D e E.

No Brasil, de acordo com último boletim epidemiológico sobre hepatites virais publicado, de 2000 a 2021, foram notificados 718.651 casos confirmados. No Rio Grande do Sul, nesse mesmo período, foram notificados 82.510 casos de hepatites virais, sendo as maiores proporções dos vírus C e B, responsáveis por 47.369 e 25.056 dos casos, respectivamente. As Hepatites B e C são consideradas as principais causas de cirrose hepática e carcinoma hepatocelular (câncer) sendo o tipo C relacionado à necessidade de transplante, tornando-se a mais letal dentre as hepatites virais.

Diante deste cenário, a Pró Reitoria de Gestão de Pessoas, através da Coordenação Saúde e Qualidade de Vida, traz à comunidade acadêmica informações que podem incentivar a adoção de medidas preventivas e diagnóstico precoce da doença.

Sintomas

Na maioria dos casos, são infecções que não apresentam sintomas iniciais e podem levar anos para surgir o primeiro sinal da doença, podendo comprometer a recuperação completa dos danos já causados pelo vírus. Quando presentes, dentre os sintomas estão: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Como ocorre a contaminação

Os tipos A e E podem ser contraídos através do contato do vírus eliminado pelas fezes de uma pessoa infectada com a mucosa oral, sendo chamada de transmissão fecal-oral. Esse tipo de transmissão está relacionado ao consumo de alimentos ou água contaminados, baixas condições de higiene e falta de saneamento básico. Os tipos B, C e D possuem transmissão através do contato com sangue ou mucosas da pessoa infectada, estando relacionados ao ato sexual desprotegido, acidentes com objetos perfurocortantes, reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos, odontológicos e manicure, reutilização de material para realização de tatuagem, procedimentos invasivos, como hemodiálise, cirurgias e transfusão sem os devidos cuidados de biossegurança, uso de sangue e seus derivados contaminados e transmissão de mãe para o filho durante a gestação ou parto.

Prevenção

-Usar camisinha em todas as relações sexuais. É possível encontrar disponíveis pelo SUS nas unidades básicas de saúde e em farmácias ou supermercados.

-Não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas.

-Realizar tatuagens, procedimentos de manicure, pedicure e colocação de piercings em lugares que utilizam materiais esterilizados e/ou descartáveis.

-Mulheres grávidas devem fazer testagens no pré-natal e manter cuidados de prevenção.

-Realizar a testagem rápida periodicamente disponível no SUS para hepatites B e C. O resultado sai em poucos minutos com procedimento simples, seguro e sigiloso. Disponíveis nas unidades básicas de saúde e centro de especialidades.

-Verificar se você realizou a imunização para hepatite B. Está disponível na rede SUS e rede privada em esquema de três doses para todas as idades. Caso não lembre e não tenha comprovação de uso da vacina é possível realizar um teste em laboratório para verificar se possui anticorpos, este teste se chama anti HBS. Caso possua menos de três doses é necessário completar o esquema, e caso não tenha comprovação nem anticorpos, o indicado é realizar as três doses. Também disponível pelo SUS está a vacina contra Hepatite A em dose única para crianças de 15 meses até 5 anos incompletos e pessoas com condições clínicas de risco nos centros de referência de imunobiológicos especiais. Na rede particular, este imunizante está sem restrição de idade e disponível em duas doses com intervalo de 6 meses.

As hepatites virais podem ser silenciosas e graves quando não tratadas precocemente. Saber da existência do vírus em seu organismo a tempo e realizar o tratamento de forma correta pode salvar sua vida!

Referências

https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2022/boletim-epidemiologico-de-hepatites-virais-2022-numero-especial

https://aps.saude.gov.br/noticia/18216

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hepatites-virais/hepatite-a