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Galeria A Sala recebe exposição “Há Algo Entre Nós”

Até o dia 28, a galeria A Sala, do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), recebe a exposição coletiva “Há Algo Entre Nós”. São apresentadas produções de dez jovens artistas que abordam ideias sobre caminhos, traços, rastros, territórios de passagens de corpos, memórias e estado de experiências, em que atravessamentos do tempo e do espaço não são mais contáveis. As propostas artísticas refletem a ideia de que o corpo como sujeito no mundo e expressão da corporeidade são ações em que o criar e o fazer refletem, na relação entre arte e vida. A galeria fica na rua Alberto Rosa, 62, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h. A entrada é gratuita.

Os trabalhos apresentados em “Há Algo Entre Nós” não são apenas afetos e particularidades: são reflexos de vivências e aproximações das mais diversas linguagens, sendo estas personificações do ser no mundo, deixando àqueles história e momentos. Segundo o grupo, “de fato há algo entre nós que representa, não só essas vivências, tempo-espaço, que refletem em relações corpóreas de cor e transparências, mas também, agora e a todo instante, momentos e atravessamentos entre os seres, que transmitem imagens e sensações de sentidos e partidas desses corpos-passagens-memórias”.

A exposição não só colabora para e com as vivências do cotidiano, mas também para finalizar o percurso desse ciclo dos artistas na UFPel – um ciclo que para alguns durou menos e outros mais, contudo se encerra da mesma forma. Aqui, as mais variadas propostas e linguagens se apresentam e é possível ver através delas: suas características desvelam zonas de singularidades.

A exposição apresenta, dentre suas atrações, fotografias protagonizadas por corpos gordos, dialogando relações, autoestima e afetos, com outras linguagens e filosofias. Também fotoperformances que se utilizam de reproduções e replicações de imagens (pessoas), que configuram composições em tons azuis. Desenhos que através das repetições de traços, constroem figuras e texturas do cotidiano, em composições harmônicas, e desenhos que observam o ambiente dos parquinhos e o imaginário infantil.

Dentre os trabalhos ainda estão colagens de tecido sobre paisagens de representação de mulheres em negativo em sobreposição e fotografias que propõem questionar o olhar e o impulso de querer figurar as formas. Também instalações que intervêm no espaço através de filtros de cor, experimentando transparências que propõem olhares que atravessam.

A pessoa visitante poderá ainda conferir pinturas que desconfiguram tipografias e deixam as obras mais abstratas, dando um foco maior aos pequenos detalhes de cada letra, e nas pinturas onde o artista imagina o que seria o stencil de um conjunto de ações, que se tornam paisagens que conversam com as texturas de suas criações em música eletrônica experimental. Ou ainda pinturas em que, se utilizando de um processo de redução formal dos elementos, o artista cria imagens que, a partir de configurações mínimas, sugerem paisagens, figuras e formas.

As produções são assinadas pelos estudantes da UFPel Brunis, Dara Blois, Dheivison Araújo, Isadora de Lima, Letícia Fonseca, Lorrayne Menezes, Louise Soares, Wesley Barboza, Yarkan Anjel e Yuki Zarate. Trata-se dos trabalhos finais dos estudantes, assim como também do conteúdo produzido na disciplina de Prática Profissional II, do oitavo semestre do curso de bacharelado em Artes Visuais da UFPel, ministrada pela professora Kelly Wendt.