UFPel e Prefeitura pactuam ações do Programa Andorinha
Uma só não faz verão, já diz o ditado. E estimuladas pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), elas alçam voo para fazer a diferença na educação. O programa Andorinha, realizado em parceria com a Prefeitura de Pelotas, aproxima as escolas da rede pública municipal com a Universidade, em ações de ensino, pesquisa, extensão e inovação. As duas entidades pactuaram, nesta sexta-feira (02), os 20 primeiros projetos, que estão sendo ofertados neste semestre.
As ações envolvem temas variados e, dependendo da proposta, são voltadas para os professores ou estudantes da rede básica, com temas que atendam às demandas das escolas. Os projetos são realizados de forma contínua e integrados às rotinas escolares.
O Andorinha é vinculado ao Gabinete da Vice-Reitora e às Pró-Reitorias Acadêmicas da UFPel. O nome do programa remete à necessidade de mais de uma andorinha para “fazer verão”, ou seja, é necessário que as escolas e universidades estejam juntas para transformar a educação do país. Para a vice-reitora Ursula Silva, o programa oportuniza que os jovens estejam dentro da Universidade desde cedo e possam, com essa proximidade, vislumbrar um projeto de futuro que inclua cursar uma graduação. Uma das propostas é que os estudantes possam participar de ações de Iniciação Científica e se vejam pesquisadores ainda na escola. Da mesma forma, esse estreitamento de laços promove interação entre os professores da rede pública com atualizações em metodologias e questões didáticas. “É importante que os professores se sintam inseridos num campo de discussão e participação sobre educação e se sintam mais felizes e motivados para criar espaços novos em suas disciplinas”, observou.
Com amplo escopo de atuação, o Andorinha estende as asas também a inúmeros temas relevantes para o desenvolvimento social, a exemplo do que preconizam os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Aspectos como enfrentamento à pobreza, sustentabilidade e igualdade de gênero serão trabalhados nas ações. De acordo com a vice-reitora, o compromisso da Universidade em relação aos ODS se estende também às escolas.
A secretária municipal de Educação e Desporto, Adriane Silveira, falou sobre a felicidade em consolidar a parceria com a Universidade, que vai fazer diferença na rede municipal de ensino. “O Andorinha vai impactar muito nas nossas escolas, justamente porque aproxima a Universidade e oxigena”, salientou. De acordo com a gestora, a visão de mundo e educação se amplia com a interinstitucionalidade entre universidade e escola básica.
A prefeita Paula Mascarenhas destacou que a UFPel e a Prefeitura chegam a um momento de aproximação efetiva, que constrói caminhos para o futuro. A gestora assinalou que a Universidade tem uma produção “fantástica” que deve refletir na vida dos pelotenses. “A gente tem um orgulho enorme da UFPel, que é uma universidade diferenciada e destacada nacional e internacionalmente. O Andorinha é início de um relacionamento muito saudável e produtivo”, disse. Ao reconhecer que essa parceria precisa se estender para todas as áreas, a prefeita pontuou que é “pela educação que as coisas se multiplicam”. A gestora mencionou a importância da formação continuada para professores especialmente no cenário pós-pandemia. “Estamos sofrendo as consequências disso. Uma das áreas mais afetadas foi a educação. A sociedade vai pagar um preço alto se não formos capazes de criar soluções criativas e inovadoras que lancem as bases para um futuro melhor”, afirmou.
Acolhimento e sentido
Na ocasião, a vice-reitora Ursula relacionou ainda o nome do programa à sintonia com a ideia de continuidade e acolhimento, já que “uma ação só não dá impacto”. A docente destacou ainda a intenção de que o Andorinha seja ampliado e tenha vida longa, dado o compromisso social da Universidade. E, salientou, é preciso que a educação seja o ponto alto das políticas do Brasil. “É indiscutível que precisamos tomar a educação como foco de desenvolvimento do nosso país, o enaltecimento de professores e desse espaço de formação. Ou seja, o investimento nas escolas, universidades, na carreira dos professores”. Assim, o programa vem valorizar esses atores e espaços. “Promover ensino, pesquisa, extensão e inovação para que haja essa visão da formação como transformadora da vida das pessoas. Precisamos promover ações de educação em que as pessoas vejam sentido para sua vida. Que o conhecimento vai transformar realidades. E nesse sentido também a visão dos professores, o contato constante com novas metodologias, novos processos, temas contemporâneos e o grande motivador: pessoas felizes. Que as pessoas vejam sentido para a sua vida”.
Projetos com oferta para 2022/2
– Exibindo Cinema na escola: curadoria, diversidade e cinema brasileiro
– Rede Colabora – Fase III
– Desdobrando Dança
– Produção de Vídeo Estudantil
– Núcleo de Teatro UFPel – Teatro e Poesia: Jogo e performance na escola
– Hortas Urbanas: um projeto de sustentabilidade para a comunidade pelotense
– Educação ambiental e sustentabilidade
– Matemática na Escola
– Divulgação e popularização das geociências nas escolas de Pelotas-RS e região
– Projeto Arte na Escola – Polo UFPel
– FIFAP – Festival Internacional de Folclore e Artes Populares de Pelotas (ligado ao NUFOLK UFPel) – oficinas de danças folclóricas nas escolas
– Oficina Ser Professor nos Dias de Hoje (ação do projeto Jornadas Multilinguagens)
– Oficina de Literatura, Teatro, Dobraduras e Alfabetização (ação do projeto Jornadas Multilinguagens)
– Atividades com Tangram nos anos iniciais (ação do projeto Jornadas Multilinguagens)
– Atividades Lúdicas com Frac soma (ação do projeto Jornadas Multilinguagens)
– Oficina de Contação de Lendas Folclóricas e Histórias do Cotidiano com produção de dobraduras (ação do projeto Jornadas Multilinguagens)
– Oficina As Quatro Operações nos Anos Iniciais: algumas possibilidades (ação do projeto Jornadas Multilinguagens)
– EJA Anos Iniciais
– Vem Ser Pelotas
– Museu Virtual Afro-Brasil-Sul
*Fotos: Gustavo Vara / Ascom Prefeitura de Pelotas