Formação para Bancas de Heteroidentificação é tema de curso na UFPel
A etapa complementar de autodeclaração de pessoas negras (pretas ou pardas) ingressantes na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), processo denominado de heteroidentificação, foi objeto de formação entre 13 e 16 de agosto, oferecida pela Coordenação de Diversidade e Inclusão (Codin), órgão vinculado ao Gabinete da Reitoria. O curso é requisito para a participação nas bancas de heteroidentificação, para servidoras e servidores, estudantes e representantes da comunidade externa à Instituição.
O 3º curso de Formação de Integrantes de Bancas de Heteroidentificação da UFPel, de acordo com a legislação e demais orientações em nível nacional, abordou temas como o protagonismo do movimento social negro, ações afirmativas, relações étnico-raciais no Brasil e a racialização dos privilégios de pessoas não negras. O curso, de caráter obrigatório, assim como as reuniões mensais realizadas na UFPel, tem com o objetivo a formação da Comissão Permanente de Heteroidentificação da UFPel, cuja composição foi selecionada via Edital.
Conforme explica a coordenadora da Codin, Cláudia Daiane Molet, as pessoas que autodeclaram negras necessitam passar pela banca de heteroidentificação. Esse processo objetiva garantir que apenas quem possua o respectivo ingresse na Universidade pela política de ações afirmativas. “O sujeito de direito às cotas são pessoas com fenótipo negro, ou seja, são lidas socialmente como pessoas negras não se trata de ‘sentir-se negro’, mas ser lido como pessoa negra”, definiu.