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Projeto Gama completa 10 anos

O Grupo de Apoio em Matemática (GAMA) da Universidade Federal de Pelotas completou 10 anos de atuação em 2020. Ao longo dos anos, o projeto já atendeu mais de 8 mil estudantes com o objetivo de reforçar os seus conhecimentos e diminuir os índices de reprovação e evasão nas disciplinas de Matemática em mais de 30 cursos da Universidade, além de proporcionar aos seus bolsistas o contato com a prática docente.

O projeto também atua na extensão, a partir de uma parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IFSul) com atendimento e participação dos estudantes e professores do IFSul e dos colégios estaduais e municipais de Pelotas.

Outra importante atividade do projeto, em parceria com a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), é a acolhida e apoio aos estudantes ingressantes via políticas afirmativas, que ocorre desde 2018. O projeto possui atualmente 15 estudantes bolsistas que fazem as monitorias e atendimentos dos universitários. De acordo com o professor Cicero Nachtigall, este contato direto com os estudantes ingressantes é muito importante, tendo em vista que ao chegar na UFPel eles se deparam com um ambiente diferente e com uma exigência de estudo diferente. “Muitas vezes os bolsistas acabam sendo mediadores e até mesmo conselheiros, trocando experiências e ajudando os estudantes a se manterem na Universidade”, exemplifica.

Atualmente, são oferecidos sete módulos para os estudantes: Matemática Básica 1 e 2, Funções 1 e 2, Limites, Derivadas e Integrais. Com a Pandemia, o projeto fez adaptações nas atividades e os módulos e monitorias passaram a ocorrer de forma online através das redes sociais do projeto.

De acordo com a coordenadora do GAMA, Rejane Pergher, os módulos são estruturados de forma a facilitar a aprendizagem dos estudantes através de metodologias como a sala de aula invertida, na qual o conteúdo é enviado previamente e o encontro é utilizado para interação a partir das dúvidas e resolução de exercícios. “Também oferecemos uma oficina de aprendizagem autorregulada que é uma técnica para ensinar o aluno a aprender, através da gestão do tempo, do espaço de estudo e foco”, explica.

Em estudos desenvolvidos pelos professores e bolsistas do projeto ao longo dos 10 anos, é possível perceber uma redução significativa dos índices de reprovação e uma diminuição da evasão dos estudantes que participam do projeto.

De acordo com a coordenadora, não é raro o estudante que participa do projeto virar bolsista e, no futuro, seguir na carreira da Matemática ou na docência em outras áreas. É o caso do professor do Centro de Engenharias da UFPel, Forlan Almeida, que foi monitor do GAMA por dois anos. “Ter participado por quase dois anos, influenciou diretamente a minha vida, especialmente em relação ao meu futuro profissional. Através dessa experiência identifiquei em mim um perfil e um desejo que nunca tinha mensurado anteriormente, o da docência”, declarou em depoimento na página do projeto.

Histórico

O projeto surgiu em maio de 2010 com o nome de Tópicos de Matemática Elementar: Matemática Básica – Iniciação ao Cálculo (TME), mas em 2015 passou a se chamar Grupo de Apoio em Matemática (GAMA) e foi criado por professores do Departamento de Matemática e Estatística da UFPel que estavam preocupados com os índices de reprovação e evasão dos estudantes ingressantes nas disciplinas de Matemática em diferentes cursos da Universidade.