Homenagens marcam início de celebrações pelos 65 anos da EBA
A tarde desta quarta-feira (26) foi de início das comemorações dos 65 anos da Escola de Belas Artes D. Cármen Trápaga Simões, instituição que deu origem ao atual Centro de Artes da UFPel. A data foi de homenagens a pessoas que marcaram a trajetória da escola e permitiram que o germe do ensino das belas artes em Pelotas pudesse crescer e frutificar como vemos hoje.
A idealizadora e grande concretizadora do sonho de dar uma escola de artes para Pelotas foi Marina de Moraes Pires, representada por membros da família, como o neto, a bisneta, nora e sobrinhos. Dona Marina recebeu um quadro com seu retrato para compor a sala dos diretores. Também foram lembrados os apoiadores da iniciativa de D. Marina Pires, como a vereadora na época Osmania Vinhas de Campos, que acompanhou a fundadora viajando com ela muitas vezes, desde 1946, ao Rio de Janeiro e a Porto Alegre para tentar conseguir junto às instâncias federal e estadual a fundação de uma Escola de Belas Artes em Pelotas. Joaquim Duval, prefeito de Pelotas em 1949, também foi homenageado, já que a EBA começou a sua trajetória graças à verba concedida pela prefeitura de Pelotas. O ex-prefeito participou da primeira diretoria da escola, no cargo de diretor honorário.
Foram laureados os três presidentes do Conselho Técnico-administrativo da EBA:
Francisco Simões, que veio a falecer enquanto ocupava o cargo – sua viúva, D. Carmen Trápaga Simões, foi quem doou em 1963 a sua própria casa para que se tornasse a sede própria tão almejada pela EBA -, Guilherme Echenique Filho e Jaime Gonçalves Wetzel, que acompanhou a casa até sua transferência para a UFPel.
Os primeiros professores foram lembrados, como Aldo Locatelli e Antonio Caringi, fundadores das cadeiras de pintura e de escultura, assim como Leopoldo Gotuzzo, que, mesmo não tendo lecionado na Escola, sempre que vinha a Pelotas ministrava aulas de pintura, além de ter se tornado o patrono do Museu de Arte que leva o seu nome, por ter doado grande parte de sua obra para a EBA, de modo que os alunos tivessem acesso a obras de arte.
Além das homenagens a figuras importantes da trajetória da Escola de Belas Artes, os ex-diretores que participaram do Centro de Artes desde a época do ILA (Instituto de Letras e Artes) e IAD (Instituto de Artes e Design) também foram lembrados. O primeiro diretor do ILA, Paulo Osório, representado por sua filha e Flora Osório e seu neto, foi laureado por ter conduzido o processo de transição e união da EBA com o instituto, cuja fusão se efetivou em 1973.
Os professores receberam como lembrança um livro produto de publicações dos professores do Centro de Artes. A funcionária mais antiga, Léa Pires, também foi homenageada em nome de todos os técnicos-administrativos. Além disso, foi inaugurado um painel histórico com a linha do tempo da Escola de Belas Artes. Também foram mostrados o e-book, que será lançado em breve, do catálogo do acervo da EBA que faz parte do Museu Leopoldo Gotuzzo (MALG) e o livro com a história da EBA, organizado por Anaizi Espírito Santo, Carmen Diniz e Clarice Magalhães, que será lançado em 2014.