Festival Cabobu seleciona voluntários para atuação no evento
A Universidade Federal de Pelotas (UFPel), por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Prec), é uma das entidades apoiadoras do 3º Festival Cabobu – A Festa dos Tambores. O evento, que ocorre de 21 a 23 de abril, abriu chamada para inscrição de estudantes e demais pessoas interessadas em atuar como voluntários.
O Cabobu é um festival musical público, gratuito, étnico racial, inclusivo, que manifesta o jeito de ser da cultura negra do Estado do Rio Grande do Sul, em Pelotas. O evento terá, durante seus três dias, shows regionais e locais, mesas de debate, oficinas, cortejo, Feira Preta e encontros (acesse aqui a programação completa). As atividades ocorrerão no centro de Pelotas.
As pessoas interessadas em compor o grupo de voluntários de apoio às atividades do evento podem fazer a inscrição pelo formulário. As inscrições serão aceitas até o dia 12 de abril ou até o preenchimento das vagas.
Os voluntários poderão atuar nas atividades de Orientação e Auxílio ao Público (organização de fila, orientação de salão de atividades, apoio a debatedores e oficineiros, informações ao público), Observadores Cabobu (registros em fotos, vídeos e textos para a internet) e Anjos (recepção e acompanhamento de artistas e debatedores de fora de Pelotas, facilitando sua circulação entre os pontos do evento).
Festival Cabobu
O Festival leva os nomes de Cacaio, Boto e Bucha – cujas iniciais foram a sigla Cabobu – homenageados pelo idealizador Giba Giba, representando o resgate histórico da cultura preta do Rio Grande do Sul e apontando direções para a música, conhecimento, expressões e valores da cultura negra gaúcha.
Enaltece em essência o Sopapo – elo da ancestralidade do povo negro no Rio Grande do Sul -, pelo qual se compartilha e registra a memória através das suas manifestações e encantamento marcantes.
O Festival Cabobu foi idealizado nos anos 90 por Giba Giba, músico, pesquisador e ativista cultural, que realizou duas edições, em 1999 e 2000. Hoje, após sua morte, seu filho Edu do Nascimento, músico, pesquisador, herdeiro, junto com José Batista, filho do Mestre Baptista, que construíram os 40 tambores para serem distribuídos como forma de preservação do Sopapo, idealizam a 3ª edição e pensam este evento, também, como homenagem aos seus pais e a outros mestres da Cultura Negra do Rio Grande do Sul.
O Festival busca envolver a cidade através de suas comunidades negras, pensadores, historiadores, professores, pesquisadores, grupos de lutas sociais, de gênero, políticas e pedagógicas, seus músicos e luthiers onde o valor da cultura demonstra seus feitos e causas. O projeto é financiado pelo Pró-Cultura e Secretaria de Estado da Cultura do RS (Sedac) com patrocínio de Natura Musical.