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Pesquisa da UFPel sobre serviços de urgência e emergência inicia nova etapa

Estudo busca criar algoritmo para contribuir com os serviços de saúde

Estudo focado na previsão das demandas de serviços de urgência e emergência em Pelotas, com base em modelos de inteligência artificial, começou em setembro nova fase de coleta de dados. A equipe coordenada por pesquisadores da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) promoverá visitas domiciliares e entrevistas por telefone, até dezembro, com as mais de 5,7 mil pessoas que participaram do estudo no mesmo período de 2021. Os dados auxiliarão no processo de elaboração de um algoritmo capaz de antever as necessidades pelos serviços de urgência e emergência no tempo e no espaço.

A expectativa é de que seja possível identificar, por meio da inteligência artificial alimentada com os dados coletados nas entrevistas, a probabilidade de determinadas pessoas, com características e em locais específicos, necessitarem desse tipo de atendimento. “Os problemas nos serviços de urgência e emergência são históricos no Brasil. A inovação dessas análises com inteligência artificial pode trazer benefícios para lidar com essa questão”, explica o coordenador do projeto, Bruno Nunes.

A nossa etapa buscará identificar, com os mesmos participantes da amostra populacional de 2021, as demandas pelos serviços de urgência e emergência e a ocorrência de doenças crônicas. A pesquisa poderá, assim, contribuir com políticas e serviços de saúde locais e com a percepção sobre as condições de saúde da população em razão da pandemia de COVID-19.

As entrevistas, de cerca de dez minutos, são conduzidas por entrevistadores treinados para o projeto, devidamente identificados com crachá da pesquisa: “Multimorbidade e procura por serviços de urgência e emergência em Pelotas: predição a partir de análises de inteligência artificial”. O estudo é representado pela expressão “EAI PELOTAS?”, em alusão ao serviço de emergência e à inteligência artificial com base populacional em Pelotas/RS. Conforme o coordenador, os órgãos de segurança (Guarda Municipal, Brigada Militar e Secretaria Municipal de Segurança) têm acesso à relação de entrevistadores e aos contatos dos responsáveis pela pesquisa.

Nas etapas de coleta de dados, são mantidos também os cuidados à preservação da saúde pelo contexto de pandemia de Covid-19. Os entrevistadores, por essa razão, utilizarão sempre equipamentos de proteção individual (EPIs). Em casi de dúvidas no momento da entrevista, os participantes poderão entrar em contato com os telefones disponibilizados pelo estudo e/ou com os órgãos de segurança pública em Pelotas.

Publicado em 06/09/2022, nas categorias Destaque, Informes Acadêmicos, Notícias.
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