Projeto “Lado B – músicas impopulares” lança série de podcast sobre Histórias do Rock
Está disponível para o público o segundo episódio da série Histórias do Rock, produzida por um coletivo composto por músicos egressos da universidade, professores e técnicos-administrativos do Centro de Artes (CA/UFPel). A série, disponível nos principais agregadores de podcast, é parte do projeto “Lado B – músicas impopulares”, coordenado pelo professor Guilherme Tavares, dos Bacharelados em Música do CA.
O conteúdo exclusivo vai ao ar no Sala de Ensaio, um podcast cultural e informativo dirigido para os profissionais da música, mas sem descuidar de uma linguagem descontraída e acessível para todos os públicos que se identificam com o Rock em suas diversas facetas. O Sala de Ensaio aborda temas como composição, produção, mercado da música, curiosidades, entre outros assuntos relativos à música.
A série Histórias do Rock conta em sua equipe com o apresentador Henrique Costa e a condução dos temas pelos professores Guilherme Tavares (UFPel) e Bruno Moraes, além da colaboração da professora Daniela Moreira (UFPel) e do diretor de produção Eduardo Silveira (Discoteca L.C. Vinholes /CA/UFPel).
O Episódio 02 do Histórias do Rock vasculha a pré-história do Rock e desbrava aspectos das principais influências e origens associadas ao período. Para ouvir o podcast, procure em seu agregador favorito ou acesse direto no link: https://anchor.fm/saladeensaio.
Sobre o projeto “Lado B – músicas impopulares”
Ao longo da história da música sempre se pôde diferenciar entre manifestações mais populares e menos populares. Sobretudo na dita música “popular” há uma clara distinção entre a música mais comercial, que tradicionalmente tem ampla divulgação pelos meios de comunicação em massa, e a música que sobrevive de forma mais impopular, marginal, estando exatamente à margem de todo esse sistema.
Essa dicotomia é o que em inglês se costuma diferenciar com os termos Mainstream e Underground. Entretanto COVACH (2009) relativiza essa polarização com o conceito de “arco de popularidade”, de acordo com o qual um determinado estilo musical pode surgir em uma área geograficamente restrita e abrangendo um público pequeno, expandir sua popularidade e depois de algum tempo continuar existindo como uma subcultura.
Em alguns casos também esse arco praticamente já terminou, existindo apenas os registros fonográficos e históricos, que podem vir a ser reexaminados. Portanto, a pouca popularidade atual de algumas músicas ou estilos musicais pode se dever tanto aos seus alinhamentos estéticos não comerciais (e à sua divulgação, consequentemente menos ampla) quanto ao seu distanciamento temporal – uma vez que hoje em dia é baixa a popularidade de músicas e de estilos musicais produzidos em um passado mais remoto, mesmo que em suas épocas estas tenham sido extremamente populares.
O título “Lado B” (já uma expressão idiomática), é utilizado aqui justamente como uma alusão a essa faceta mais obscura da produção musical, visto que nos antigos compactos e LPs de vinil era no lado A que constava(m) a(s) música(s) destinada(s) a tocar no rádio, de apelo mais comercial, sendo o lado B muitas vezes destinado àquelas músicas menos convencionais e que com o tempo passavam a cair no esquecimento do grande público, ainda que muitas vezes apresentando o que de mais original aqueles artistas sabiam realizar.
A democratização ao acesso à informação promovida pela Internet vem trazer uma nova luz a esse termo e à música que a ele se atrela, uma vez que hoje em dia o “underground” acaba podendo ter uma visibilidade bem maior do que antigamente.