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UFPel realiza mapeamento do avanço do Covid-19 no estado e as áreas com maior concentração do grupo de risco

O Laboratório de Estudos Urbanos e Regionais da Universidade Federal de Pelotas (LEUR/UFPel) realizou um mapeamento para demonstrar no estado do Rio Grande do Sul os casos confirmados de Covid-19 e sua relação com a população idosa por município. Na espacialização fica evidente que o grande centro de concentração/dispersão foi o município de Porto Alegre e região metropolitana, devido a seu papel na estrutura urbana do estado.

De acordo com os pesquisadores, a expansão rápida da doença para o Município de Caxias do Sul (terceira cidade a confirmar casos de Coronavírus no estado) demonstra a formação de um eixo de integração através da malha urbana significativamente densa entre as duas regiões metropolitanas do Rio Grande do Sul.

Neste sentido, apontam, os municípios com maior risco para a disseminação do vírus na atualidade encontram-se nessa faixa, criando uma rede de dispersão do vírus nas cidades que fazem parte desse continuum de integração regional.

Outro agravante, sinalizam os pesquisadores, é representado pela estrutura populacional de grande parte dos municípios nesse eixo e o avanço do Covid-19 para cidades do interior que possuem ligação com a Região Metropolitana de Caxias do Sul, tendo em vista que parte significativa da população nestas localidades é formada pela faixa de risco.

Nos mapas ainda fica evidente que a maior parte dos municípios do estado gaúcho possuem de 12% a 18% de população que encontra-se dentro da faixa de risco. O grupo do Laboratório destaca ainda que no Rio Grande do Sul há 64 municípios com uma população idosa superior a 20%, sendo que as áreas da denominada “Serra Gaúcha” e norte do estado possuem a maior concentração de idosos.

Dados
A pesquisa baseou-se nos dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao censo de 2010. O corte populacional para estabelecer o grupo de risco foi determinado a partir da metodologia adotada pelo Ministério da Saúde.

A equipe do projeto conta com os professores Tiaraju Salini Duarte e Sidney Gonçalves Vieira, mestre Mateus Marzullo, mestrando Adriel Costa da Silva e graduando Eduardo Schumann.