Para quem estreia na SIIEPE, preparação é a chave
Há quem seja experiente na apresentação de trabalhos na Semana Integrada de Inovação, Ensino, Pesquisa e Extensão (SIIEPE) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). No entanto, para muitos, esta quinta edição do evento foi momento de estreia. Para acalmar o coração, coordenar o tempo disponível e ter na ponta da língua o conteúdo, os apresentadores que participaram pela primeira vez do encontro contam que é preciso uma boa preparação para encarar o desafio.
Uma das novatas foi a estudante Mariana Paz, do oitavo semestre de Pedagogia. “Foi uma experiência nova e enriquecedora. Aprendi bastante com a banca e os outros trabalhos que foram apresentados”, conta. Driblando o nervosismo esperado para a ocasião, a pesquisadora encarou o público para falar sobre autismo na escola. Para isso, assim como ela, todos os bolsistas do Programa de Iniciação Tutorial (PET) Educação fizeram um ensaio aberto ao público para treinar a apresentação.
Mariana investiga como os professores das escolas municipais de Pelotas entendem esse transtorno e atuam com esses alunos. De acordo com ela, muitos não têm conhecimento científico sobre o tema e por isso acabam por ter uma expectativa diminuída a respeito da educabilidade dos estudantes autistas, além de não se sentirem preparados para atuar com esse público. “É um tema que envolve muitos aspectos. Proponho que seja um assunto mais presente na formação dos professores, além de sua educação continuada. Para trabalhar com o ser humano, precisamos de constante aperfeiçoamento”, defende.
Já Vanusa Andara Bispo dos Santos recém está no segundo semestre do curso de Pedagogia, mas já contabilizou a apresentação no CIC no currículo. Integrante do grupo História da Alfabetização, Leitura, Escrita e dos Livros Escolares (Hisales), a acadêmica contou com a colaboração dos colegas e professores tanto na elaboração do conteúdo quanto na banca preparatória que o grupo realizou. “Eles apontaram o que eu deveria tirar, acrescentar e melhorar. Depois disso, ficou mais fácil. Para a gente, é importante ter uma preparação anterior”, afirma.
A pesquisadora falou sobre a construção de saberes a respeito de um grande artefato pedagógico: o livro didático. Ela falou sobre a atuação do Hisales como centro de memória e pesquisa e o processo de recebimento e tratamento do acervo de livros didáticos. “O livro é um objeto cultural. A partir dele, podemos observar o desenvolvimento do processo de alfabetização ao longo dos anos”, aponta.
Veteranos recomendam tranquilidade
Para os colegas do oitavo semestre de Biologia Adriane Strothmann, Débora Rodrigues, Daniel Carvalho e Talis Basílio, é importante manter a calma na apresentação do trabalho. “Na primeira vez em que apresentei, estava muito nervosa, achando que a banca poderia perguntar alguma coisa que eu não sabia. Agora é muito natural”, observa Adriane, que este ano apresentou pela quarta vez. “Depois da experiência, vimos que realmente se comprova aquela frase que diz que ‘ninguém sabe mais sobre o teu trabalho do que tu mesmo’”, observa Daniel. Para além disso, a experiência vale também pela divisão de conhecimentos. “Outras pessoas que assistem às vezes trazem outras perspectivas”, conta Adriane.
Semana Integrada
A SIIEPE encerra nesta sexta-feira (25) e foi realizada desde segunda (21) no Campus Capão do Leão. O evento congregou o 3º Congresso de Inovação Tecnológica (CIT), o 5º Congresso de Ensino de Graduação (CEG), o 6º Congresso de Extensão e Cultura (CEC), o 21º Encontro de Pós-Graduação (ENPOS) e o 28º Congresso de Iniciação Científica (CIC). Saiba mais no site do evento.