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Arquitetura realiza atividades de internacionalização sobre Cidades Amigas do Envelhecimento

O Projeto de Pesquisa Internacional coordenado no Brasil pela professora Adriana Portella, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), estuda como planejar Cidades Amigas do Envelhecimento com foco no tema Cidades Saudáveis. De 4 a 8 de dezembro, o Grupo de Pesquisadores do Reino Unido, Universidade de Brasília e Federal de Minas Gerais estarão na UFPel para consolidar a internacionalização do Projeto e desenvolver atividades de pesquisa juntamente com a comunidade acadêmica e população de Pelotas.

O Projeto conta com financiamento internacional do ESRC (Economic and Social Research Council) no valor de 800 mil libras esterlinas (o equivalente a R$ 3.440.000 milhões). É um projeto de parceria internacional liderado pela UFPel e pela Universidade Heriot-Watt em Edimburgo, no Reino Unido. No Reino Unido, o Projeto é coordenado pelo professor Ryan Woolrych. A pesquisa iniciou em maio de 2016 e será concluída em abril de 2019.

De acordo com o grupo, a internacionalização das universidades brasileiras é muito importante para a geração de recursos humanos com capacitação internacional. Desse modo, o Projeto liderado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPel se destaca por colocar a Universidade dentro de uma importante rede internacional de pesquisa na área das Ciências Sociais Aplicadas, Humanas e Saúde. O Projeto é totalmente multidisciplinar e conta com pessoas da área de Arquitetura e Urbanismo, Turismo, Psicologia, Gerontologia, Geografia e Saúde.
As populações envelhecidas no Brasil e no Reino Unido geraram novos desafios em como projetar melhores ambientes urbanos que apoiem e promovam o envolvimento social cotidiano e a vida urbana saudável para os idosos. À medida que envelhecem, as pessoas enfrentam limitações em suas capacidades físicas e cognitivas, mudanças nos arranjos de vida e perda de apoios sociais. No entanto, as cidades urbanas contemporâneas podem ser “hostis” aos idosos, agindo como uma barreira ao acesso a oportunidades sociais, econômicas e cívicas.

Esta pesquisa reconhece que simplesmente mudar a forma construída não é suficiente para criar um ambiente mais inclusivo para o envelhecimento, pois os lugares são mais do que espaços físicos. Ambientes viáveis são articulados através de um forte sentido de lugar, definido como os vínculos sociais, psicológicos e emocionais que as pessoas têm com seu ambiente. Um forte senso de lugar resulta do acesso a apoios para participação ativa, oportunidades para construir e sustentar redes sociais e assumir um papel significativo na comunidade. Em contraste, um sentimento de deslocamento ou “falta de espaço” está associado à alienação, ao isolamento e à solidão, muitas vezes resultando em problemas adversos de saúde e bem-estar, particularmente entre os idosos vulneráveis. Socialmente, a criação de ambientes urbanos amigáveis à idade que apoiam o sentido de lugar é parte integrante do envelhecimento bem-sucedido, garantindo que os idosos possam continuar a contribuir positivamente na velhice, atrasando a necessidade de cuidados institucionais e reduzindo os custos de saúde e assistência social.

Fazem parte do Projeto Universidade Heriot-Watt, Universidade de Edimburgo, Universidade de Dundee, Universidade Keele e Universidade Manchester Metropolitan, do Reino Unido; e, do Brasil, Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal de Brasília, Universidade Federal de Minas Gerais, e Universidade Federal do Rio Grande.

Atividades da próxima semana

No dia 4 de dezembro, segunda-feira, haverá Cerimônia de Boas-Vindas do Grupo Internacional na cidade de Pelotas, no Museu do Doce da UFPel, às 10h. A solenidade é aberta ao público, em especial os idosos. Como o Projeto busca melhorar e qualificar a vida das pessoas que moram em bairros, a participação da população é fundamental nos encontros. A comissão organizadora quer ouvir o que todos têm a dizer sobre a cidade. O Museu do Doce da UFPel fica no Casarão 8 da Praça Coronel Pedro Osório, com entrada pela Rua Barão de Butuí.

Também no dia 4 de dezembro ocorrerá a palestra do professor Ryan Woolrych, da Universidade Heriot-Watt, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPel (sala 221), às 18h. O tema da discussão será a Gentrificação e Regeneração dos Centros Urbanos com foco na cidade de Manchester, no Reino Unido. Woolrych é professor, na Heriot-Watt, da Escola de Energia, Geociência, Infraestrutura e Sociedade. A palestra é pública e aberta a todos os interessados.

Na quarta-feira, dia 6 de dezembro, ocorrerá um dos eventos mais importantes da programação. O grupo convida todas as pessoas com 60 anos ou mais para passarem a tarde numa Roda de Conversas sobre o Centro da Cidade de Pelotas, de forma a ajudar a identificar os pontos positivos e negativos do espaço e o que precisa ser melhorado para se criar uma cidade amiga do envelhecimento. Pessoas de outras faixas etárias são também bem-vindas a participar do encontro, que terá como um dos atrativos os tradicionais doces de Pelotas. A atividade começa às 14h e será realizada no Museu do Doce da UFPel.

Veja o programa completo aqui: PROGRAMAFINAL

Serviço:

Segunda-feira, 4 de dezembro:

10h: Cerimônia de Boas-Vindas do Grupo Internacional na Cidade de Pelotas, no Museu do Doce da UFPel (Praça Coronel Pedro Osório, Casarão 8 – Centro. Entrada pela Rua Barão de Butuí). Evento aberto a todos.

18h: Palestra do Professor Ryan Woolrych sobre Gentrificação e Regeneração dos Centros Urbanos, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPel – sala 221 (Rua Benjamin Constant, 1.359). Evento aberto a todos.

Quarta-feira, 6 de dezembro

14h: Roda de Conversas sobre o Centro da Cidade de Pelotas para Pessoas com 60 anos ou Mais no Museu do Doce da UFPel (Praça Coronel Pedro Osório, Casarão 8 – Centro. Entrada pela Rua Barão de Butuí). Evento aberto a todos.

Publicado em 01/12/2017, nas categorias Destaque, Informes Acadêmicos, Notícias.