Início do conteúdo

Lista de espera: nova metodologia favorece concorrentes

Logo após o fechamento do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do primeiro semestre letivo de 2017, cerca de 16 mil pessoas aderiram às listas de espera do Ministério da Educação para as 1.960 vagas remanescentes das matrículas regulares na Universidade Federal de Pelotas. De forma a otimizar a participação dos concorrentes às chamadas para preenchimento dessas vagas, a UFPel reformulou o processo de convocação, passando a adotar chamadas eletrônicas e abolindo as chamadas orais.

A principal vantagem desse novo sistema é a redução de deslocamentos desnecessários à cidade de Pelotas, especialmente, por ser nela que ocorre a massiva maioria das matrículas. “Queremos acabar com as falsas expectativas de matrícula”, explica o coordenador de Tecnologia da Informação da UFPel, Júlio Carlos Balzano de Mattos. De acordo com o gestor, apenas a necessidade em se preencher um novo formulário de adesão à lista de espera, dessa vez mantido pela Universidade, reduziu de 16 mil para seis mil os interessados em participar das chamadas subsequentes.

No entanto, a nova metodologia não fica apenas nessa nova adesão: a partir daqueles que demonstraram interesse em participar dessas chamadas, foram elaboradas listas, ordenadas pela pontuação obtida no Enem, que preenchem exatamente o número de vagas ofertadas naquela convocação. Dessa forma, daqueles seis mil que se interessaram em ser chamados, no máximo 1.960 precisam estar nos locais de matrícula. “O candidato pode esperar em casa a sua convocação”, diz a coordenadora de Registros Acadêmicos, Emileni Tessmer.

Caso algumas dessas vagas não sejam ocupadas por aqueles que foram convocadas, novas chamadas serão realizadas, por meio de edital e publicadas no site da UFPel, até que todas sejam preenchidas.

Mudanças pensadas para o candidato

A alteração da forma com que as vagas remanescentes passaram a ser preenchidas neste primeiro semestre de 2017 é fruto de uma inquietação de diversos membros da Administração Central da Universidade, a partir de relatos de pessoas que se deslocavam até Pelotas para as chamadas orais, sem a garantia de serem chamados, e que muitas vezes não tinham dinheiro nem para a passagem de retorno. “Sabemos de pessoas que bateram na porta da Casa do Estudante às 3h da madrugada, pedindo por um lugar para passar a noite”, relata Emileni.

Outra novidade é a realização de um mutirão para as entrevistas dos aprovados por meio das cotas sociais e raciais. Já nas matrículas regulares do Sisu, as entrevistas foram feitas no próprio dia das matrículas, além da avaliação do componente étnico-racial, no caso das cotas para negros e indígenas. O processo será repetido durante as convocações. “É uma garantia de que o estudante vai iniciar o semestre sabendo se está realmente aprovado”, pontua o coordenador de Tecnologia de Informação, ao explicar que, nas seleções anteriores, muitas vezes o resultado era divulgado já com as aulas em andamento, e o estudante que tinha tal vaga indeferida deveria deixar a instituição.

Publicado em 10/03/2017, nas categorias Destaque, Notícias.