Fotógrafo português visita reitoria da UFPel
Os 45 anos de experiência no fotojornalismo e o desejo em repassar o conhecimento adquirido às novas gerações de profissionais da área ditaram o tom da descontraída conversa entre o reitor da UFPel, Mauro Del Pino, com o fotógrafo português Fernando Ricardo, que visita Pelotas nessa semana. O encontro, realizado nessa segunda-feira (6), no Gabinete da Reitoria, reuniu também a chefe da Seção de Museus da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, Nóris Leal, o diretor da Rádio Federal FM, Ricardo Fiegenbaum, e os membros do Grupo Foto Comentário (GFC), que, nesta terça-feira (7), promovem palestra com o fotógrafo no Museu do Doce da UFPel.
De acordo com o servidor aposentado da UFPel, Luiz Carlos Vaz, a partir de contatos com o fotógrafo, que tem visitado com frequência o Brasil, foram pensadas possibilidades em que Ricardo possa colaborar nas atividades de formação dos estudantes da UFPel, em especial daqueles que mantém disciplinas ligadas à fotografia em seu currículo, tais como Jornalismo, Cinema e Artes. Dessa maneira, procuraram o reitor para desenvolver uma agenda de cursos e palestras que possam ser ministradas pelo português.
Del Pino, aproveitando a oportunidade, convidou Fernando Ricardo para participar da 1ª Bienal de Arte e Educação da UFPel, que ocorrerá de 17 a 23 de novembro, fazendo parte das diversas manifestações artísticas previstas para o evento. O fotógrafo ficou empolgado com o convite e afirmou que irá tentar conciliar a sua agenda para estar presente.
Presente na reunião, o membro do GFC e diretor da Editora Ardotempo, destacou que a Bienal pode ser também uma oportunidade para o lançamento do livro que conterá imagens de Ricardo comentadas por docentes da UFPel.
Além disso, foi comunicada a realização de exposição fotográfica baseada na obra de Ricardo, a ser realizada no mês de agosto nas dependências do Museu do Doce.
Fernando Ricardo
O português Fernando Ricardo desenvolveu uma carreira de quatro décadas no fotojornalismo, onde pode atuar nas maiores agências de notícias do mundo, tais como Associated Press (AP) e France Presse (AFP). Realizou cobertura em diversos conflitos étnicos africanos e esteve presente em 25 viagens papais, especialmente de João Paulo II. É formado em Jornalismo e Belas Artes.
Na sua opinião, o fotojornalismo como o entendemos, liderado pelas agências de notícias, está a morrer. Por isso, deseja passar a sua experiência profissional: “Quero deixar um testemunho de como foi esse período”. Ele considera o trabalho dos profissionais da área fantásticos, mas que são pouco conhecidos do público por um afastamento das salas de exposições.
