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Uma última noite no Capitólio

10407307_573526779414955_7649393532884929310_nO Cine Capitólio, fechado desde 2007, teve neste sábado (1º) uma última noite de funcionamento. A iniciativa foi do Programa de Educação Tutorial (PET) do Centro de Artes da UFPel, em parceria com professores, alunos e ex-alunos.

Apesar de o local funcionar como estacionamento há anos, a sala 2 do cinema permaneceu preservada, ainda que desativada. O grupo da UFPel se propôs a revitalizá-la de modo que pudesse haver uma última sessão de cinema para aqueles que tem o Capitólio como parte de sua história. A partir de agora, o prédio seguirá rumos ainda incertos.

Uma primeira edição do evento já havia sido realizada pelo grupo em 2011. Segundo o estudante de cinema Wilian Vezzaro, a ideia é baseada no noitão de cinema do Cine Belas Artes de São Paulo, que havia fechado por um tempo. Ele diz que partiu-se do questionamento de por que não trazer de novo o cinema de calçada, que no Brasil está tão escasso, já que as grandes salas estão migrando para shoppings.

Os ingressos para este sábado esgotaram no segundo dia de vendas, e a procura continuou no Facebook, onde várias pessoas se mostravam interessadas em comprar caso alguém desistisse.

A programação escolhida incluía os filmes Céu de Suely, filme brasileiro dirigido por Karim Aïnouz, Magnolia, de Paul Thomas Anderson, e um terceiro a ser votado. Para isto, havia seis opções a serem escolhidas na internet, das quais as três preferidas foram para a votação na hora. Foram estes O Iluminado, O Bebê de Rosemary e Silent Hill. Devido a imprevistos com o equipamento, só foi possível passar o primeiro, o que tornou a noite mais curta que o planejado.

Apesar de a organização ter tido apenas duas semanas para providenciar tudo, o evento contou com quiosque para a venda de salgados, doces e pipoca, além de um cafezinho cortesia para cada um. Também foram sorteados brindes e, ao final do evento, foram distribuídos kits de café da manhã em saquinhos personalizados.

A artista plástica Erika Romaniuk, integrante da organização, conta que as pessoas compreenderam os problemas ocorridos e saíram sorrindo, agradecendo e elogiando a iniciativa: “A gente tentou fazer da melhor maneira, mas fugiu do nosso alcance. Mas a gente considera o saldo positivo”.

Publicado em 05/11/2014, na categoria Notícias.