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UFPel debate a Qualidade da Educação, Democratização e Permanência

DSC_0261Os professores ingressantes na UFPel tiveram a oportunidade, na quarta-feira (9) à noite, de ouvir depoimentos e debater, com três reitores, sobre A Qualidade da Educação Superior na Perspectiva da Democratização do Acesso e da Permanência. A mesa-redonda, que reuniu o reitor da UFPel, Mauro Del Pino, a reitora da Furg,  Cleuza Dias, e a reitora da Unipampa, Ulrika Arns, fez parte do programa de formação dos professores ingressantes da UFPel, da Pró-Reitoria de Graduação. A mediação foi da pró-reitora de graduação da UFPel, Fabiane Tejada.

Para Mauro Del Pino, a universidade pública brasileira vive momento de modificação. “Nós temos de saber o que é ser docente e qual nosso papel em meio a estas mudanças”, provocou o reitor da UFPel. Del Pino disse que cabe aos jovens professores, como é caso da grande maioria dos docentes ingressantes na Universidade, uma atuação transformadora. “E tudo isto considerando que não fomos formados para sermos professores, muito menos de universidades”, sublinhou.

DSC_0252O reitor da UFPel diz que o contexto das universidades é marcado por uma tentativa de romper com o isolamento para com a sociedade e também pelas dificuldades de acesso a estas instituições. Este quadro, disse Del Pino, fez com que as Universidades promovessem mudanças de gestão, especialmente nas políticas de assistência estudantil. “Pensar questões como a permanência é estratégico para a qualificação da Universidade”, observou.

Ensinar a aprender
Um redesenho da atuação do professor, para o reitor da UFPel, é necessário na sala de aula. Ele defende que o docente não deve ser um mero repassador de conteúdos, mas sim um provocador da produção do conhecimento e um orientador de como o estudante deve aprender. “A questão é ensinar a aprender, a acessar os conhecimentos. Devemos estimular os acadêmicos a produzir idéias, invenções e o próprio conhecimento, e tudo isto acaba se refletindo na questão curricular”, ressaltou Del Pino.

Para o reitor da UFPel, o professor deve ser um motivador do aprendizado. “Este é um índice para medir a qualidade do ensino, a motivação dos estudantes para voltarem às salas de aula no outro dia”, concluiu.

Furg e Unipampa
As reitoras da Furg e da Unipampa, além de darem seus depoimentos, apresentaram aos docentes da UFPel quadros sobre as constituições de suas universidades.

A Furg tem hoje 50 cursos de graduação, com 12 mil estudantes.  São abertas, anualmente, 2.281 vagas, das quais 825 são noturnas. A forma de ingresso é cem por cento pelo Sisu/Enem do MEC.


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A professora Cleuza Dias abordou a expansão de sua universidade, promovida pelo Reuni, a ampliação da oferta de cursos noturnos, a queda na evasão e a ocupação de vagas ociosas. Também fez referência a questões como a reestruturação acadêmico- curricular, a renovação pedagógica do ensino superior, mobilidade e compromisso social da Universidade. Um dos grandes desafios da Universidade hoje, conforme a reitora, é a consolidação da expansão e da interiorização.


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A natureza multicampi, desde sua criação, foi o aspecto inicialmente abordado pela reitora da Unipampa. Ulrika Arns lembrou a adesão ao Sisu, em 2010, e as políticas de cotas adotadas na Unipampa, para egressos de escolas públicas, negros, índios e uruguaios. A Universidade tem hoje 10.728 alunos, em 63 cursos de graduação. “A evasão é um dos nossos maiores desafios”, registrou.

Metade dos estudantes da Unipampa são oriundos das classes C,D e E e mais de 90 por cento vêm de escolas públicas, o que reforçou a necessidade de programas de assistência. A Universidade oferece programas de instalação, permanência e desenvolvimento acadêmico, que reúne bolsas de ensino, pesquisa, extensão e gestão.

Depois das falas dos reitores, os professores ingressantes puderam perguntar e debater com os dirigentes sobre as questões abordadas no encontro.

Publicado em 10/10/2013, na categoria Destaque.