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Projeto apresenta vivências surdas em práticas artísticas

cartazNo dia 7 de dezembro, um exemplo de arte inclusiva promovido pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) será evidenciado na apresentação “Vivências Surdas: Práticas Artísticas”. Crianças, jovens e adultos surdos sobem ao palco para mostrar o trabalho com dança e outras expressões artísticas que têm vivenciado com o projeto “A comunidade Surda Reinventando a Arte do Balé”, do Centro de Letras e Comunicação da UFPel. A apresentação será às 20h, no Auditório 2 do Centro de Artes.

A mostra é resultado de atividades que incentivam a comunidade surda de Pelotas e região para a prática de atividade física através da aprendizagem de passos básicos do balé clássico e de danças. “É uma oportunidade de inclusão real através da arte”, destaca a coordenadora do projeto, professora Karina Ávila Pereira.

Abrindo o evento, haverá apresentação de dança contemporânea. Um trio dançará a história de opressão das pessoas surdas pelos ouvintes.

Na sequência, será lançado um longa-metragem elaborado por alunos do curso de Cinema que mostra na tela a rotina de duas alunas surdas que participam do projeto. Seu dia a dia, relação com família, amigos e as aulas de dança são o foco do documentário.

Outra atração será a readaptação de Cinderella. Crianças e bailarinos convidados apresentarão trechos do ballet de repertório.

Encerrando a noite, é a vez de os adultos que fazem parte do projeto subirem ao palco e mostrarem “Dancing Queen”.

Para a coordenadora, a mostra artística, que reúne a produção de dois anos de atividades do projeto, é uma oportunidade para combater o preconceito que envolve os surdos e a dança. “As pessoas costumam acreditar que o surdo não pode dançar, mas ele pode fazer o que quiser. É justamente isso que a primeira parte da mostra alerta: por muito tempo os ouvintes disseram o que o surdo podia fazer”, ressalta, destacando ainda a importância, para os pais, de verem seus filhos no palco. Para a comunidade surda, o dançar envolve sentir a vibração do piso e a contagem do tempo. “A ideia é estimular a autonomia. Não há receita pronta: é um trabalho de construção”, explica a docente.

O projeto “A comunidade Surda Reinventando a Arte do Balé” inclui acadêmicos de Cinema, Letras, Dança e Pedagogia. É dividido em quatro ações: Ballet para Crianças Surdas – do qual participam crianças entre nove e 12 anos que possuem inclusive surdo-cegueira e mobilidade reduzida -, Literaturas Adaptadas ao Ballet – que trabalha o livro e a dança -, Aula de Dança para Adultos surdos – que atualmente tem alunos entre 20 e 35 anos – e criação de um produto audiovisual – protagonizado pelos alunos de Cinema.

Serviço
“Vivências Surdas: Práticas Artísticas”
Data: 7 de dezembro
Horário: 20h
Local: Auditório 2 do Centro de Artes (Rua Álvaro Chaves, 65)
Entrada: um quilo de alimento não perecível, que será direcionado à Escola Alfredo Dub
Evento no Facebook: clique aqui.