UFPel e FURG promovem 1ª Semana Universitária de Gravura
Nos dias 6, 7 e 8 de novembro, estudantes e comunidade vão refletir a gravura entendendo sua manutenção e resistência. As Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Universidade Federal de Rio Grande (FURG) promovem a 1ª Semana Universitária de Gravura, quando os acadêmicos estarão interagindo e produzindo conjuntamente na tentativa de estimular e mostrar a produção as artes gráficas do sul do Rio Grande do Sul.
O evento é organizado para divulgar os conhecimentos gráficos, pensando em sua sustentabilidade, refletindo não somente as práticas artísticas, como distintos materiais comuns na contemporaneidade. De acordo com a organização, a gravura tradicional resiste ao tempo, aos meios, e por isso sua prática fascina. Desta forma, sua viabilidade é importante para as ações artísticas, ao gravador e ao meio ambiente. A sustentabilidade da gravura está nela, com quem a produz e no meio em que ela está.
A programação iniciará no ILA, na FURG, com a palestra da professora do Centro de Artes, da UFPel, Angela Polhmann, que tecerá reflexões sobre Gravura Não-Tóxica, pesquisa desenvolvida desde 2005.
Entre os três dias de programação, ocorrem inúmeras oficinas com a temática da sustentabilidade, proporcionando troca de conhecimento e o exercício da prática. Entre as atividades, além das oficinas, haverá roda de conversa e flash gravura, buscando consolidar uma parceria entre as instituições e, nesta área, fortalecendo um diálogo entre a linguagem e a região sul.
Todas as oficinas serão ministradas pelos alunos de gravura das professoras Kelly Wendt (UFPel) e Janice Martins Appel (FURG), organizadoras do evento.
A Semana reúne também diversas ações paralelas, entre elas a participação dos estudantes pertencentes ao PIBID (Programa Institucional brasileiro de Iniciação à Docência), tanto da FURG quanto da UFPel, que atuam desenvolvendo atividades nas escolas municipais utilizando técnicas de gravura alternativa. Assim como no ateliê de gravura, no conhecido Corredor Impressa, serão expostas as gravuras produzidas pelos alunos durante o semestre das disciplinas Ateliê de Gravura I e III.
Faz parte do evento a exposição Paisagens de Lastro, do artista riograndino Rogério Marques, cuja vernissage será no dia 7, às 18h30min, na Galeria A SALA. Na ocasião, ele apresentará um conjunto de xilogravuras, bordados e desenhos em meio a sua poética auto-referencial entre estórias e personagens.
Por fim, o evento encerra com a feira gráfica Mofeira, realizada na FURG, idealizada pelo professor Diogo Gonçalves, e conta com diversos expositores, entre alunos e comunidade em geral.
O evento reúne diferentes ações que possuem um objetivo em comum: a discussão quanto aos processos criativos na gravura e a sua relação com os impactos ambientais. Trata-se de uma busca da reflexão para alternativas menos convencionais, mas eficientes, no dia a dia da gravura no extremo sul do Brasil. “A Gravura é resistência. Seguimos resistindo e imprimindo novas perspectivas”, destacam as organizadoras.
Kelly Wendt
Artista visual, pesquisadora e professora. Atuante nas áreas de gravura, fotografia, novos meios e estética relacional na arte contemporânea. Professora adjunta do Centro de Artes/UFPel do curso de Bacharelado em Artes Visuais na área de gravura. Doutora em Artes Visuais, na linha de Poéticas Visuais, pelo PPGAV-UFRGS. Pesquisadora integrante do grupo “Percursos Poéticos: procedimentos e grafias na contemporaneidade”, Centro de Artes/UFPel, com a pesquisa Gravura Contemporânea Não-tóxica (UFPel-CNPq). Coordena a galeria de arte do Centro de Artes/UFPel A Sala, com o professor-adjunto Clóvis Martins Costa. Coordena o Pibid Artes Visuais (UFPel-CAPES-2018). Membro do Comitê de Artes Plásticas/Visuais da ANPAP – Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas do Brasil. Articula trabalhos de artes visuais e pesquisa por meio da sua poética visual, onde utiliza a errância como processo criativo na reprodução de imagens da cidade para discutir questões relativas a memória, a impressão e o mapeamento através de inventários e coleções. Realizou Workshop de Gravura Não-tóxica no Grafisk Eksperimentarium com Henrik Boegh. Participou como investigadora e artista residente no Espacio de Arte Contemporaneo, Montevideo-Uruguay, através da poética do mapeamento. Participa de exposições individuais e coletivas.
Janice Martins Appel
Doutora em Artes Visuais na linha de pesquisa em Poéticas Visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pesquisadora CAPES DS com doutorado-sanduíche pelo Programa de Doutorado-Sanduíche no Exterior no Centro de Investigación Arte y Entorno, da Universitat Politecnica de Valencia – UPV, Valencia, Espanha (2015/2016) formação no Diploma de Especialización en Sostenibilidad, Ética Ecológica y Educación Ambiental, Universitat Politécnica de Valencia – UPV, Valencia, Espanha (2015/2016). Mestre em Artes Visuais na linha de pesquisa em Processos Artísticos Criativos pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2011). Bacharel em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Membro do Comitê de Artes Plásticas/Visuais da ANPAP – Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas do Brasil. Pesquisadora, docente e artista que atua em plataforma multidisciplinar e transdisciplinar como educadora, pesquisadora em Artes Visuais. Membro como pesquisadora do Grupo de Pesquisa Veículos da Arte/IA/UFRGS/CNPq e Laboratório da Paisagem (Pagus) UFRGS/CNPq. Docente Efetiva do Magistério Superior no Curso de Artes Visuais da FURG – Fundação Universidade de Rio Grande – ILA.
Angela Raffin Polhmann
Artista plástica, professora e pesquisadora. É bolsista de Produtividade (PQ-2) do CNPq. Possui Bacharelado em Artes Plásticas: habilitação Desenho; Mestrado em Artes Visuais; Doutorado em Educação; Estágio de pesquisa na Universidade de Barcelona, Espanha, na área de Gravura, sob orientação da professora Alicia Vela Cisneros (2004-2005, Bolsa CAPES); Pós-doutorado Sênior (Bolsa PDJ/CNPq) no PPG em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da UFRGS, com pesquisa interdisciplinar em nanotecnologia para a caracterização e fabricação de materiais alternativos não-tóxicos para a gravura, sob orientação da professora Dra. Silvia Guterres. Professora do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas, e é docente permanente do PPG Artes Visuais da UFPel. Realizou curso de gravura não-tóxica com Henrik Boegh, Dinamarca, 2005; residência artística no Atelier de Torben Bo Halbirk, Paris; curso de Gravura em Metal com Torben Halbirk e Stanislav Mariyanovic, no Atelier de Matilde Marin, Buenos Aires; curso de Arte no Atelier Livre de Paris, França. Colabora como consultora e avaliadora ‘ad hoc’ em agências de fomento como CNPq e FAPERGS, e avaliadora ‘ad hoc’ em periódicos da área de artes/artes visuais. Compõe o corpo editorial da revista Paralelo 31 (PPGAV-UFPel). Foi membro da Comissão de Curadoria do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (1996-2000), Pelotas, RS; membro da Comissão de Seleção do II Prêmio Açorianos de Artes Plásticas (2008) da Secretaria Municipal de Cultura, POA, RS. Desde 2007 é Líder do Grupo de Pesquisa ‘Percursos Poéticos: procedimentos e grafias na contemporaneidade’ (CNPq/UFPel).
Rogério Nunes Marques
Nasceu em Rio Grande – RS em 1981. Vive e trabalha em Florianópolis – SC. Pesquisador, professor e artista visual. Desenvolveu sua pesquisa de mestrado Desobediência Urbana: dispositivos e práticas urbanômades, em Poéticas do Cotidiano e Processos Contemporâneos na Universidade Federal de Pelotas. Pratica a ideia de arte maloqueira – Maloqueiragem – Onde busca identificar, discutir e reverter a partir do pensamento e prática em arte, situações que denomina como totalitarismos urbanos. Desencadeadas por processos de reformulações espaciais econômicas na cidade e suas consequências nas formas de uso não normatizadas do espaço público. A pesquisa que desenvolve aborda relações entre arte, design, arquitetura e urbanismo, a fim de encontrar no hibridismo dessas categorias soluções críticas para problemas reais usando a cidade como local de ação. Desenvolve também pesquisa poética a partir de questões do cotidiano em diversos meios, como: vídeo arte, objeto, desenho e gravura.
Exposições Coletivas (recentes):
Contrafogos. – Pelotas/RS, Florianópolis/SC, 2017
Sozinho a gente não vale nada, Casa Comum – Rio de Janeiro/R. 2016
Maloca.Lab, OCA – Pelotas/RS, 2015
Estrict Cluster, Art Cluster,- Girona/Espanha, 2015
Perto de nós. Aura Curadoria – Porto Alegre/RS. 2015
Parada Gráfica. Museu do Trabalho – Porto Alegre/RS. 2015
Paralelo 31, – Pelotas/RS. 2015
Aura Ocupa #1,- Porto Alegre/RS. 2015
Intervenções Urbanas.
Comum Concreto, Intervenção Urbana – Rio de Janeiro/RJ. 2016
Maloca.lab, Intervenção Urbana – Pelotas/RS. 2015.
Walden ou a vida nas cidades, Intervenção Urbana – Pelotas/RS. 2015.
Diogo dos Santos Gonçalves
Natural de São Paulo, nascido em 1989. Possui experiência em desenho, performance, arte digital, vídeo e intervenção urbana. Técnico em Design Gráfico pela Escola Carlos de Campos vinculada ao Centro Paula Souza. Bacharel em Poéticas Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande -FURG. Mestre em Processos de Criação e Poéticas do Cotidiano pelo Programa de Pós-graduação em Artes Visuais na Universidade Federal de Pelotas – UFPel. Atualmente atua como professor substituto no curso de Artes Visuais da FURG.