Começa nesta terça (2) a terceira temporada do experimento O melhor esconderijo
Inicia nesta terça-feira (2) a 3ª Temporada do experimento poético “O melhor esconderijo”. As apresentações acontecerão todas as terças-feiras de maio, sempre às 18h, no Teatro Experimental do GEPPAC (Centro de Artes, Bloco 1, Sala 306 – Rua Alberto Rosa, 62 / 3º andar). A entrada é franca e as reservas devem ser feitas pelo e-mail ufpel.teatro@gmail.com (Não é recomendado para crianças).
Sobre o experimento poético “O melhor esconderijo”
O Experimento Poético é a metodologia utilizada desde 2011 em processos criativos desenvolvidos na linha de pesquisa “Teatro de grupo e experimentação poética” do GEPPAC, coordenada pelo prof. Adriano Moraes. De um modo resumido, fazer teatro por meio da experimentação poética significa executar uma ação teatral a partir de escolhas [poéticas] conscientes e arbitrárias. Isso significa estudar/pesquisar teatro de modo explícito também para espectadores. Em um experimento poético todos os participantes têm consciência dos elementos componentes da cena.
O experimento poético “O melhor esconderijo” (2017) está organizado em três quadros, cada um deles com elementos distintos de composição:
- No quadro 1 há uma síntese de todos os processos realizados entre 2012 e 2016 pelo estudante/ator Carlos Eduardo Pérola. Isso inclui experimentação vocal a partir de textos em línguas diversas (cada texto com uma técnica específica), a execução das ações físicas de modo contínuo e a utilização da canção “Alívio Imediato” de Humberto Gessinger como pretexto para a criação teatral.
- No quadro 2 há a verbalização de trechos do texto “O teatro da crueldade” (1948) de A. Artaud a partir da composição física por meio da interpretação por estados formulada por Ricardo Bartis e Eduardo Pavlovsky (Argentina) e pesquisada por André Carreira (Brasil);
- No quadro 3 a interpretação dos trechos “A questão que se coloca…” e “Post scriptum” de “Para acabar com o julgamento de Deus” (1948) de A. Artaud é executada a partir da composição física por meio da seleção de tipos de oradores (político, religioso etc).
O título do experimento faz uma referência a um dos modos como o ator Carlos Eduardo Pérola entende o teatro. De acordo com Pérola: “seria o teatro o local ideal para quem quer se mostrar ou para quem quer se esconder? Se, por um lado, as luzes, o palco, os aplausos e toda a imagem romantizada existente sobre a profissão de ator/atriz podem parecer o paraíso dos exibicionistas, por outro lado, a possibilidade de se colocar “atrás” de uma personagem, com um texto memorizado, uma linha de ações devidamente ensaiada pode acabar servindo como um escudo, uma proteção, um esconderijo a quem se encontra diante dos espectadores.”
Intérprete: Carlos Eduardo Pérola.
Direção: Adriano Moraes.
Maquiagem: Gengiscan Pereira.
Figurinos e adereços: Marcelo Silva.