Fórum Social de Extensão terá caráter permanente
Uma das atividades mais festejadas pelos organizadores do 1º Congresso de Extensão e Cultura ( CEC), realizado na última semana, foi o Fórum Social de Extensão, Arte e Cultura Popular, na manhã do dia 12, com a representação de 16 entidades e que serviu para alavancar uma iniciativa de caráter permanente. O fórum deverá funcionar de forma provisória durante o espaço de um ano, período no qual será desenvolvida uma série de ações, preparatórias para a constituição, no próximo congresso, de um fórum devidamente estruturado, com estatutos e regimento, e com a definição de metodologias de ação e intervenção devidamente estabelecidas.
“Esse primeiro movimento permitiu constituir um cronograma mínimo de trabalho. Já temos uma reunião programada para o dia 20 de outubro, com a ideia de que se amplie mais a representação das entidades e que consigamos fazer esse diálogo que a gente tanto preconiza: o diálogo Universidade – Sociedade, não somente de dentro para fora, mas também de fora para dentro, consolidando uma interação que tentamos manter como pressuposto de nosso trabalho e que é um dos pontos do programa de gestão mais ampliado”, explica a pró-reitora, Denise Bussoletti.
O fórum deverá ser promotor e gestor de políticas e ações que, de alguma forma, irão selar as relações com os movimentos sociais e as atividades civis. “Na verdade, a própria política de extensão da Universidade estará pautada por essa discussão permanente. Do ponto de vista da gestão, é fantástico se conseguirmos trilhar esse caminho dentro da Universidade. É quase um sonho, romper barreiras e avançar em temas como igualdade, diversidade e busca de oportunidades”, pontua Denise.
Segundo a pró-reitora, um dos primeiros resultados proporcionados é que, graças à ação do movimento de mulheres, através do espaço proporcionado pelo fórum, foi possível constituir o Observatório de Gênero e Diversidade Sexual, pauta antiga do grupo e que a Universidade Federal de Pelotas, a partir do momento em que proporciona essa interlocução, e através de seus pesquisadores e extensionistas, consegue realizar, em consonância com as reivindicações do movimento. “À medida que a UFPel encabeça isso, na verdade, dá vazão a uma série de reivindicações e tenta, nos limites de suas possibilidades, fazer com que essas ações aconteçam de forma mais efetiva”, comemora Denise Bussoletti.
Entre as 16 entidades representadas no evento, além da presença institucional da própria Universidade, podem ser citadas: Coordenadoria Regional de Educação (5ª CRE), Secretaria Municipal de Educação (Smed), Conselho de Participação da Comunidade Negra, Associação Hip Hop, Grupo Também Pelotas, Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (Capa), Cooperativa de Prestação de Serviços Técnicos (Coptec), Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Cáritas Diocesana, Conselho Municipal de Cultura, Movimento dos Sem Terra (MST) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).