Congresso de Extensão e Cultura bate recorde de inscrições na 10ª edição da SIIEPE
O Congresso de Extensão e Cultura (CEC), que integra a 10ª Semana Integrada de Inovação, Ensino, Pesquisa e Extensão (SIIEPE), bateu recorde de inscrições nesta edição, realizada no Campus do Anglo, de 25 a 29 de novembro. Ao todo, foram registradas 581 inscrições em 96 sessões de apresentações.
A organização do evento contou com a colaboração de docentes e técnicos-administrativos da UFPel, que atuaram em diversas funções, como coordenadores de projetos de extensão, orientadores e avaliadores dos trabalhos apresentados. “Este é um trabalho verdadeiramente coletivo que, a cada ano, tem mostrado resultados cada vez melhores, evidenciando uma articulação mais eficaz entre a Universidade e os participantes do Congresso de Extensão e Cultura”, afirmou a coordenadora de Arte, Cultura e Patrimônio da UFPel, Eleonora Santos.
O CEC tem como um dos principais objetivos aprimorar as práticas extensionistas nos diversos cursos de graduação da UFPel, promovendo uma relação mútua entre a Universidade e a comunidade externa, por meio dos serviços prestados à sociedade. A troca de conhecimentos entre a UFPel e a comunidade permite que discentes e docentes de graduação e pós-graduação compreendam melhor as demandas sociais. Entre os temas abordados neste ano no CEC, destacaram-se a igualdade de gênero, o combate ao racismo, a acessibilidade, e os transtornos emocionais e de saúde mental. “Os trabalhos têm uma relevância imensa e, a cada dia, têm se conectado mais com a comunidade, integrando-se à sua rotina e atendendo de forma cada vez mais direta suas necessidades.”, afirmou Eleonora.
Entre os destaques do evento deste ano, o trabalho da estudante do 8º semestre de Odontologia da UFPel, Jordana da Silva, chamou atenção. Intitulado “Projeto de Extensão Acolhendo Sorrisos Especiais: Relato de egressos e acadêmicos sobre o atendimento odontológico à pessoa com deficiência”, o projeto tem como base o trabalho do projeto de extensão “Acolhendo Sorrisos Especiais: Atenção odontológica ambulatorial e sob anestesia geral”. Jordana explicou que o projeto surgiu da necessidade de avaliar a importância do atendimento odontológico para pessoas com deficiência (PcD) na formação dos alunos. Até 2021, as diretrizes curriculares nacionais deixavam a cargo das instituições de ensino a oferta ou não da disciplina de Odontologia para PcD. O objetivo do projeto apresentado por Jordana é avaliar se a experiência voluntária capacita os acadêmicos a atender pacientes especiais após a graduação. “A parte mais desafiadora foi elaborar uma conclusão que fosse capaz de refletir a magnitude das experiências vividas por egressos e acadêmicos”, afirmou. Para ela, o CEC propicia uma reflexão crítica entre a Universidade e a comunidade, promovendo uma troca de saberes. “É uma forma de expor e refletir mais profundamente sobre as ações da UFPel direcionadas à população, permitindo que o acadêmico traga inovação e ciência como retorno à sua oportunidade de estudo”, concluiu.
Além das apresentações de trabalhos, o CEC contou com uma feira de produtos artesanais organizada em parceria com a comunidade local e os organizadores do evento. Durante a semana da SIIEPE, o CEC também foi responsável por diversos eventos culturais, como a noite cultural no auditório Dom Antônio Zattera, com apresentações dos grupos Tropa da Dança, do bairro Dunas, e Sovaco de Cobra Trio, que fez uma performance sobre Chorinho. Outro evento de destaque foi o encerramento da SIIEPE, com um circuito de música afro e indígena contemporânea, patrocinado por recursos das leis de incentivo à cultura, incluindo a Lei Paulo Gustavo. “Foram momentos culturais profundamente conectados com a temática da SIIEPE, promovidos por artistas locais e da cena gaúcha, que buscam valorizar, visibilizar e fomentar as referências afro e indígenas que nos constituem enquanto população diversa e múltipla no estado”, concluiu a organizadora.