Projeto Geoparque Paisagem das Águas da UFPel avança em parceria para o desenvolvimento sustentável da região
Entre os dias 14 e 17 de outubro de 2024, o Projeto Geoparque Paisagem das Águas (PGPA), um projeto de extensão do Instituto de Ciências Humanas (ICH) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), recebeu uma visita de campo do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM). Essa visita faz parte dos esforços contínuos do projeto para consolidar o reconhecimento da geodiversidade da região e promover o desenvolvimento sustentável de oito municípios no entorno do estuário da Lagoa dos Patos, Canal São Gonçalo e Lagoa Mirim.
Criado em 2023, o Projeto Geoparque Paisagem das Águas (PGPA) reúne uma equipe formada por docentes e cerca de 30 estudantes de graduação e pós-graduação. A iniciativa busca fortalecer a relação entre os moradores e o território, promovendo uma conscientização ambiental que dialogue com o desenvolvimento econômico da região. “O Projeto Geoparque não se limita à conservação ambiental, mas busca, principalmente, fomentar a identidade local, incentivar o geoturismo e criar oportunidades econômicas sustentáveis para as comunidades envolvidas”, destaca Adriano Simon, coordenador do projeto.
O PGPA tem como missão criar uma rede de atores sociais comprometidos com o desenvolvimento da região e a preservação de seu patrimônio natural e cultural. “Nossa meta é tornar o geoparque uma realidade que, além de impulsionar o turismo, fortaleça a identidade local e o desenvolvimento sustentável” , afirma Adriano.
Nos próximos dois anos, o projeto se beneficiará de um Acordo de Cooperação Técnica com o SGB/CPRM, que irá subsidiar a criação de documentos cartográficos e uma base de dados georreferenciada, essenciais para a gestão territorial e ambiental. Segundo Adriano, essas informações serão fundamentais para orientar gestores e políticas públicas, auxiliando na construção de um modelo de desenvolvimento sustentável para a região.
O inventário do geopatrimônio, que deverá ser desenvolvido após o acordo, será uma peça-chave para a candidatura do território à chancela de Geoparque Mundial pela UNESCO. “A singularidade da Lagoa dos Patos, somada à herança cultural das comunidades locais, torna o território um forte candidato ao título, promovendo uma transformação que valorize o que temos de único”, conclui Adriano.