Exposição destaca trabalho realizado pela UFPel junto aos estudantes da Escola Francisco Simões
A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a Escola Estadual de Ensino Fundamental Francisco Simões, localizada no coração de Pelotas, realizaram a exposição “O que as crianças querem contar ao futuro sobre o mundo de hoje?” entre os dias 28 e 29 de setembro. A mostra é resultado de uma ação extensionista realizada pela disciplina “Artes Visuais na Educação I” do curso de licenciatura em Artes Visuais da UFPel e pela disciplina “Prática de Educação Ambiental” do curso de Gestão Ambiental.
De acordo com o professor do curso de Artes Visuais Licenciatura, Daniel Bruno Momoli, a ideia surgiu a partir de uma visita dos estudantes ao Museu Carlos Ritter, onde exploraram a relação entre os seres humanos e o bioma Pampa. “A partir daí começamos a refletir sobre territórios, conexões com a natureza, o mundo e a importância do cuidado. É extremamente gratificante ver os resultados deste trabalho em forma de exposição. O projeto alargou as portas da Universidade de uma maneira muito especial”, disse.
Já os estudantes do curso de Gestão Ambiental também desempenharam um papel vital, abordando diversos aspectos da sustentabilidade com os alunos da Escola Francisco Simões. A estudante do 5º semestre do curso, Andrea Beatriz Saraiva, desenvolveu uma atividade para incentivar os estudantes a pensar sobre como suas futuras profissões podem afetar o meio ambiente. “Provocamos uma reflexão sobre o futuro deles, incentivando os estudantes a pensarem como eles desejam moldar o futuro. A atividade resultou em maquetes com propostas de preservação ambiental relacionadas com as profissões escolhidas”, explicou.
Para a diretora da Escola, Wania Brzoskowski, essa interação entre a Universidade e a Escola é de extrema importância, pois permite que os universitários tenham a experiência dentro da escola, enquanto os profissionais da escola renovam seus conhecimentos. “Além disso, há um grande benefício para nossos alunos. A escola é o chão e a universidade é o céu, não há nada melhor do que o chão trabalhar vislumbrando o céu, porque queremos que nossos alunos alcancem a universidade”, explicou.
Já a assessora de Comunicação e Pedagogia da 5ª CRE, Andréa Vieira Braga, acredita que a interação escola, comunidade e universidade é importante. “Muitas vezes os nossos alunos não têm noção da magnitude da universidade e essas parcerias são muito produtivas, principalmente para escolas públicas”, disse.
O projeto
A iniciativa teve como objetivo central explorar o conhecimento das crianças e os saberes que fazem parte de suas vidas cotidianas. Durante esses encontros, os participantes, crianças que estudam entre o 1º e o 5º anos do Ensino Fundamental, se questionaram sobre realmente sabem sobre o mundo em que vivem e o que desejam transmitir ao futuro.
A ação extensionista não se limitou ao ambiente escolar, mas também buscou estabelecer conexões entre arte e educação. Essa pedagogia do campo expandido se concretizou por meio da parceria entre a universidade e a escola, envolvendo estudantes e crianças em um processo de criação de imagens e reflexões sobre o amanhã.