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Dia da Luta Antimanicomial conscientiza sobre estigmas da saúde mental

Instituído em 1987, a partir de um encontro que reuniu trabalhadores da área de saúde mental em Bauru (SP), o Dia Nacional da Luta Antimanicomial é marcado pela luta pelo direito ao tratamento humanizado a pessoas com transtornos psíquicos, a partir do fortalecimento de políticas que cuidem dos sujeitos em sua integralidade.

No contexto da Universidade Federal de Pelotas, a data é lembrada pela Coordenação de Saúde e Qualidade de Vida da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (CSQV/Progep) pelo combate ao preconceito que sofrem as pessoas com transtorno psíquico. Afinal, segundo o setor, a doença mental ainda é cercada de estigmas, carregando consigo a marca da exclusão a quem a possui.

Historicamente, o tratamento para doença mental envolvia a reclusão das pessoas em instituições de isolamento, os manicômios, sendo comum, em muitos deles, situações de maus-tratos e violação de direitos dos pacientes. O movimento da luta antimanicomial no Brasil buscou mostrar que é possível cuidar em liberdade, alcançando importantes transformações nas políticas públicas de atenção à saúde mental e avanços normativos e assistenciais.

Apesar desses avanços, nos tempos atuais, a exclusão ocorre pela forma com que a sociedade lida com o assunto, que gera, muitas vezes, seu afastamento do meio social. O preconceito ocasiona um duplo sofrimento, pois além de lidar com as dificuldades decorrentes da doença, a pessoa que convive com um transtorno psíquico precisa enfrentar as barreiras da discriminação.

Isso pode desencorajar a pessoa a procurar o diagnóstico, seu tratamento ou até mesmo atentarem para sua saúde mental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde cerca de 10% da população mundial sofre com doenças mentais, sendo que o Brasil é o país com o maior número de casos de ansiedade no mundo.

“A dificuldade da sociedade em lidar com a doença mental faz parte de uma construção cultural oriunda de muitos anos, e cabe a todos nós buscarmos o combate às práticas preconceituosas e discriminatórias”, cita o material elaborado pela CSQV para a data.

O setor recomenda que, caso algum membro da comunidade universitária se encontre em sofrimento psíquico, a pessoa não se isole, mas busque compartilhar a situação com alguém de confiança e, principalmente, buscar auxílio profissional.

A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) oferece tal tipo de serviço, conhecida pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Em Pelotas, realizam atendimento à população adulta os seguintes CAPS:

• CAPS Baronesa: avenida Domingos de Almeida, 1381 – Telefone: (53) 992188216;

• CAPS Castelo: rua Lobo da Costa, 1959 – Telefone: (53) 32276465;

• CAPS Escola: rua Félix da Cunha, 451 – Telefone: (53) 32292923;

• CAPS Fragata: avenida Duque de Caxias, 342 – Telefone: (53) 32811081;

• CAPS Porto: rua Alberto Rosa, 450 – Telefone: (53) 32782068;

• CAPS Zona Norte: avenida Fernando Osório, 5615 – Telefone: (53) 32736301;

• CAPS AD III (Álcool e outras drogas) – voltado às pessoas com problemas relacionados ao uso de álcool e/ou outras drogas: Praça José Bonifácio, 01 – Telefone: (53)32223350.

No caso de servidores da UFPel que estejam em necessidade de apoio emocional, busquem informações ou orientação ou queiram conversar sobre temas de saúde, a própria CSQV se coloca a disposição para acolhimento psicossocial, que pode ser agendado pelo telefone (53) 3284-3981 ou pelo e-mail saude.servidor@ufpel.edu.br.