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Plano Diretor e Política Ambiental trazem diretrizes a longo prazo para a UFPel

A Universidade Federal de Pelotas assumiu, no final do ano de 2024, um compromisso com a continuidade no planejamento físico da instituição e com o seu desenvolvimento sustentável. Após a aprovação por parte do Conselho Universitário, entraram em vigor um novo Plano Diretor para UFPel e, pela primeira vez, a Política Ambiental da Universidade.

A vigência desses dois novos documentos é a coroação de um trabalhado itinerário de participação da comunidade universitária, conhecido como “Territórios UFPel – Processo de Planejamento Integrado”, que procurou realizar a elaboração dos dois documentos em paralelo. “Hoje em dia, não é possível mais planejar o físico sem levar em conta o ambiental”, explica a coordenadora de Desenvolvimento do Plano Diretor, Cíntia Essinger, responsável pelo setor responsável pela condução desse processo.

As íntegras dos documentos podem ser conferidas nos seguintes links:
– Plano Diretor
– Pol´ítica Ambiental

Em 2021, foi elaborada a metodologia que guiaria a iniciativa. Ficou definido, por exemplo, que as discussões e a criação dos instrumentos incluiriam uma ampla participação da comunidade universitária, desde o diagnóstico até a redação das propostas.

Esse envolvimento teve três grandes momentos: o primeiro foram os eventos setoriais, realizados em cada zona de planejamento, nos quais, por meio de dinâmicas, foi realizado um diagnóstico e um cenário de futuro desejado pelos usuários de cada região da Universidade; em um segundo momento, foi realizada uma consulta pública, aberta a reações e respostas abertas a perguntas, e que foi considerado processo de planejamento com maior participação da comunidade até o momento, considerando aqueles realizados pela Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento (Proplan); por último, foi a vez dos grupos temáticos, focados em apoiar a redação dos documentos finais.

Essa trajetória culminou nos finais do ano de 2024, quando, após a submissão das minutas, os textos finais foram aprovados pelo Conselho de Planejamento e pelo Conselho Universitário da Universidade Federal de Pelotas. A partir da segunda aprovação, entraram em vigor.

Reitora à época da aprovação, a professora Isabela Andrade define o Plano Diretor e a Política Ambiental como balizadores para o planejamento físico da instituição: “Por meio deles, conseguiremos traçar para onde e como queremos crescer e aplicar esforços ao longo dos próximos anos”.

Essa consciência comunitária é uma das tônicas das novas diretrizes, como comenta a reitora Ursula Silva. “Não faremos mais o planejamento físico da UFPel a partir de atos individuais, mas como comunidade acadêmica, pensando em conjunto”, afirma.  Segundo ela, isso evita que as trocas de lideranças tragam grandes alterações nesse olhar da instituição como um todo.

Plano Diretor

Contendo as diretrizes sobre o planejamento físico da UFPel a longo prazo, o Plano Diretor foi formulado a partir da divisão da Universidade em zonas, cada uma com suas particularidades. Esses conglomerados contêm diretrizes gerais e específicas. Um dos exemplos trazidos por Cíntia é a zona central, que inclui edificações como o Museu do Doce, o Conservatório de Música e o antigo Lyceu Rio-Grandense: “Esse conglomerado tem uma clara vocação para a cultura”.

Entretanto, também há a definição de prioridades comuns para a Universidade como um todo. A criação e a qualificação de áreas de convivência é uma delas. Visualizada como unanimidade entre todos os eventos setoriais também esteve a instalação de um plano de orientação e sinalização. “As pessoas não reconhecem os prédios da UFPel, não conseguem se encontrar”, comenta a coordenadora da CDPD.

Segundo Cíntia, além dessas diretrizes e orientações de potenciais nos espaços disponíveis, também foram reunidas informações que estavam perdidas ao longo do tempo, como a quantidade de edificações existentes no patrimônio da UFPel, suas salas de aula e auditórios, por exemplo.

Política Ambiental

Fato inédito na história da UFPel, a elaboração e a instituição de uma Política Ambiental é uma resposta da Universidade a essa temática cada vez mais fundamental na sociedade, conforme aponta a reitora Ursula. A dirigente comenta que o comprometimento com a pauta ambiental não deve parar apenas na publicação dessa política, mas sim em sua implementação.

Entre as prioridades citadas pela reitora, estão a política de resíduos a ser adotada pela instituição e a instalação do saneamento no Campus Capão do Leão. A essas questões, consideradas mais urgentes, há temas a serem pensados e implantados a médio e longo prazos, como um sistema de bicicletas para ser utilizado pela comunidade universitária e a pautas como a emissão de carbono pela UFPel e a adoção de energias renováveis. “Nossos novos projetos já deverão incluir essa política”, destaca Ursula.

O documento aprovado pelo Conselho Universitário traz a missão e os compromissos, como explica Cíntia; a partir de agora, entretanto, deve ser instituído o sistema de gestão ambiental, que conduzirá a adoção das políticas de forma prática na UFPel.

Publicado em 20/01/2025, nas categorias Destaque, Notícias.