Encontro de Pós-Graduação bate recorde de trabalhos apresentados na 10ª edição da SIIEPE
O 26º Encontro de Pós-Graduação (ENPOS), realizado como parte da 10ª Semana Integrada de Inovação, Ensino, Pesquisa e Extensão (SIIEPE) da UFPel, destacou-se pela quebra de recordes. O evento registrou 1.238 trabalhos apresentados, superando os 1.134 de 2023, e reuniu 11.042 participantes entre ouvintes e apresentadores, um crescimento significativo em relação ao ano passado.
O ENPOS, que recebeu trabalhos de todas as áreas do conhecimento, é uma oportunidade para que alunos e doutorandos apresentem as suas pesquisas, discutam com a comunidade acadêmica e dialoguem com as bancas avaliadoras, recebendo contribuições para trabalhos em andamento ou já concluídos.
A gratuidade das inscrições, que ocorre desde a pandemia, continua sendo um diferencial importante, contribuindo para o fortalecimento e a acessibilidade do evento. O coordenador do ENPOS, Rafael Vetromille de Castro, destacou que, atualmente, a UFPel conta com 1.473 doutorandos e 1.483 mestrandos em 47 Programas de Pós-Graduação, aproximando-se dos números de 2019, quando havia 2.952 estudantes matriculados. “Estamos muito felizes porque a pós-graduação, após um período de evasão e declínio em função da pandemia, retomou os números pré-pandemia, o que refletiu no sucesso do ENPOS neste ano”, comemorou.
Um dos trabalhos apresentados no evento foi a pesquisa da doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção, Márcia Juciele da Rocha, que apresentou a comunicação intitulada “Modulação das subunidades GluN1 e GluN2A do receptor glutamatérgico NMDA no efeito do tipo antidepressivo da 1- (fenilselanil)-2-(p-tolil)indolizina (MeSeI).” Márcia é integrante do Laboratório de Bioquímica e Neurofarmacologia Molecular (LABIONEM), sob orientação do professor César Augusto Brüning e coorientação da professora Cristiani Folharini Bortolato. Sua pesquisa investiga o potencial antidepressivo de moléculas de selênio para o tratamento da depressão, que podem futuramente se tornar medicamentos. Isso é relevante, considerando que os tratamentos disponíveis atualmente apresentam muitos efeitos colaterais e não atendem às necessidades de todos os pacientes.
A doutoranda destacou a importância de eventos como o ENPOS para a divulgação científica e o compartilhamento de conhecimentos entre pesquisadores. “A apresentação na SIIEPE é um momento em que podemos tirar nossa pesquisa do papel, levá-la para um público acadêmico e compartilhar experiências. É também uma oportunidade para divulgar o que estamos desenvolvendo no laboratório e mostrar como essa pesquisa pode futuramente contribuir para a sociedade. Trabalhar em algo inédito e ver os resultados é extremamente gratificante”, afirmou.
A pesquisa de Márcia também foi destaque em outro evento da SIIEPE, o desafio “Sua Tese em Três Minutos”, no qual conquistou o primeiro lugar.