Projeto da UFPel realiza leitura dramática de texto de Guel Arraes e Jorge Furtado
“O debate”, texto de Guel Arraes e Jorge Furtado, será alvo de leitura dramática produzida pelo projeto “Leituras do drama contemporâneo”. A atividade, com previsão de duração de 60 minutos, ocorrerá no próximo sábado (9), às 19h, na sede do Núcleo de Teatro da UFPel, localizada na rua Alberto Rosa, 580. A entrada é franca.
Nas palavras dos próprios autores, “O debate” é uma peça escrita na urgência dos acontecimentos políticos do Brasil no ano de 2021. O tempo é um futuro próximo: outubro de 2022, quando ainda perduram as ameaças da pandemia, mais exatamente no dia do último debate do segundo turno das eleições presidenciais. O cenário é o terraço do prédio de uma estação de TV, onde os jornalistas Marcos, editor do telejornal da noite, e Paula, apresentadora do mesmo noticiário, se encontram em pausas para cafés, cigarros e conversas sobre o próprio debate, as eleições, posições políticas, paixões e ideias, e suas vidas. No decorrer dos encontros, eles lidarão com o conflito de fazer jornalismo em tempos de manipulação da informação, diante da (im)possibilidade de isenção da imprensa, da importância da tolerância e do respeito à democracia.
A leitura será realizada por Cândida Canielas, Fernanda Vieira Fernandes, Gabryel Pioner e Nicole Gonzales.
Sobre os autores
Guel Arraes atua como diretor, autor e produtor, transitando por televisão, cinema e teatro. Valendo-se de múltiplas linguagens, sua pesquisa questiona constantemente o ato de narrar. Na TV, participou da criação de programas icônicos como “Armação Ilimitada”, “TV Pirata”, “Programa Legal”, “Comédias da Vida Privada”, “A Grande Família”, entre outros. Em 1996, fez sua estreia no teatro dirigindo, com João Falcão, uma montagem de “O Burguês Ridículo”, de Molière. Em 1999, juntamente com João e Adriana Falcão, adaptou e dirigiu a microssérie “O Auto da Compadecida”, inspirada na peça de Ariano Suassuna.
Jorge Furtado é diretor e roteirista de cinema e televisão, de filmes como “O dia em que Dorival encarou a guarda”, “Ilha das Flores”, “Houve uma vez dois verões”, “O homem que copiava”, “Saneamento Básico (o filme)” e séries como “Agosto”, “Memorial de Maria Moura”, “Comédia da vida privada”, “A invenção do Brasil”, “Decamerão”, “Doce de mãe”, “Mister Brau” e “Sob pressão”. É autor dos livros “Trabalhos de amor perdidos” (romance), “Meu tio matou um cara” (contos), “Pedro Malazarte e a arara gigante” (peça infantil). É criador e um dos sócios da Casa de Cinema de Porto Alegre. Seu mais recente trabalho, também com Guel Arraes, é a adaptação para o cinema de “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa.