Exposição celebra o cinquentenário do desenho do escudo da UFPel
Ele é um velho conhecido: estudantes e servidores costumam vê-lo com frequência. A comunidade também há de o reconhecer: o desenho do escudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) completa 50 anos. Para ampliar o reconhecimento do público sobre a história, revelar e detalhar aspectos geométricos do desenho muitas vezes não percebidos pelo observador, a UFPel promove uma exposição dedicada a esse símbolo institucional. A visitação pode ser feita até o dia 06 de maio, de terça a sábado, das 12h às 18h, no Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (Malg), que fica na Praça Sete de Julho, 180.
Dentre os objetivos da atividade, está, também, registrar a história e a memória gráfica da instituição, através da mostra das manifestações do desenho do escudo no período. A exposição ainda busca estimular o senso de pertencimento da comunidade com a instituição, através do reconhecimento dos elementos e do significado do desenho que representa a imagem institucional da Universidade.
A ação apresenta ao público pela primeira vez os exemplares originais e documentos da obra criada em 1972 pelo artista gráfico Arthur Henrique Foerstnow, doados para a Universidade pelos descendentes do autor, que mantêm portfolio de trabalhos do artista em acervo particular da família.
A exposição reúne, ainda, outras peças e obras em que figuram o desenho do escudo, como uma escultura em madeira realizada pelo professor Darcy Legg, além de peças gráficas impressas e objetos tridimensionais que dão suporte às manifestações visuais do escudo, produzidos durante os 50 anos de vigência do identificador gráfico da UFPel.
A curadoria é assinada por Eduardo Montagna da Silveira, Fábio Galli Alves e Felipe Foerstnow Szczepaniak (neto do autor do desenho original do escudo).
História
O desenho original do escudo da UFPel, criado em 1972 pelo servidor Arthur Henrique Foerstnow, pode ser considerado como uma obra de artes aplicadas. Foi produzido manualmente em técnica mista, com traçado realizado por meio de instrumentos tradicionais de desenho (prancheta, lápis, nanquim, réguas, compassos, esquadros, transferidor, normógrafo) e colorida em tinta guache sobre papel.
A partir de meados da década de 1990, com a introdução dos recursos de representação gráfica digital, começam a ser produzidos redesenhos e transposições do desenho original para o meio digital, em um fenômeno que resultou em versões com graus distintos de variações em relação ao original de 1972 – algumas versões apresentam alterações de traçado ou forma de elementos, outras de escala ou posição, transformações na composição cromática e/ou tipográfica. As versões digitais produzidas nos últimos 30 anos compõem um rico mosaico de redesenhos realizados com diferentes ferramentas e técnicas, que representam três décadas de manifestações da identidade visual da UFPel.