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8ª SIIEPE aborda saúde e segurança familiar dos povos tradicionais e originários  

A programação da 8ª Semana Integrada de Inovação, Ensino, Pesquisa e Extensão (SIIEPE), na tarde de quinta-feira (20), oportunizou discussões sobre a trajetória dos povos tradicionais de matriz africana e originários na luta por saúde e segurança alimentar. A palestra de Regina Nogueira (ou Kota Mulanji), no auditório da Faculdade de Agronomia (Faem), apresentou os conceitos de raça, racismo, preconceito, discriminação, saúde, soberania, segurança alimentar e povos e comunidades tradicionais de matriz africana. 

Segurança alimentar, conforme definiu, refere-se à quantidade e à qualidade de alimentos que sejam adequados e que respeitem as questões de regionalidade e tradição. Já a saúde não se trata de mera oposição à doença, mas ao estado de equilíbrio biológico, mítico, mental e social. O alimento, sacralizado na tradição de matriz africana, é o resultado do processo ritual, doméstico e familiar, sem objetivo de lucro; capaz, portanto, de proporcionar a saúde.

Dentre as suas diversas reflexões sobre o contexto de desigualdade, relacionados à saúde e à segurança alimentar e às demais injustiças sociais, a palestrante, que coordenou o Plano Nacional de Desenvolvimento dos Povos Tradicionais de Matriz Africana, criticou o desconhecimento, os estereótipos e a inferiorização atribuída: “O que é viver bem? Comprar alguma coisa? É o respeito total à natureza. Quem são os selvagens? Quem são os primitivos?”. 

Expressão Musical

As atividades da SIIEPE da tarde de quinta-feira (20) iniciaram-se com momento de fruição e compartilhamento de saberes musicais, às 13h30, com a apresentação dos artistas do Programa de Extensão em Percussão (Pepeu) da UFPel. Na quarta-feira (19), no mesmo horário, foi a vez da Orquestra da UFPel, com repertório clássico. 

 

Publicado em 20/10/2022, nas categorias Eventos Acadêmicos, Eventos Culturais, Notícias.
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