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Começa segunda etapa da pesquisa que investiga os impactos da COVID-19 para os alunos da UFPel

O PET Diversidade e Tolerância, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), deu início à segunda etapa da pesquisa “Os impactos da COVID-19 nas relações sociais, econômicas e culturais dos alunos da UFPel”. O objetivo do estudo é compreender os principais impactos causados na vida dos estudantes e documentar as mudanças ocorridas no cotidiano após seis meses do primeiro caso confirmado no Brasil.

Embora trate-se de uma segunda etapa, todos os alunos da UFPel estão convidados a participar, independentemente de terem respondido a primeira etapa ou não. O questionário on-line pode ser respondido aqui.

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Primeiros resultados
Conforme as pesquisadoras Quézia Galarça de Oliveira e Lorena Almeida Gill (orientadora), os resultados da primeira fase do estudo sugerem que a situação imposta em decorrência da pandemia acentuou o receio em relação à situação econômica, visto que a maioria dos entrevistados tem dependência financeira de algum familiar.

De outro modo, os estudantes que possuem ou exercem alguma atividade remunerada demonstram medo e insegurança em relação à forma de subsistência, devido à probabilidade da perda do emprego ou da redução salarial.

Os alunos entrevistados afirmaram, em sua maioria, ter muito receio de contrair o vírus e, por isso, procuram cumprir o isolamento, saindo somente para necessidades básicas. As ações de contenção reforçaram os hábitos de higiene da comunidade acadêmica, que afirmou ter adquirido padrões mais rigorosos de cuidado.

O aumento dos transtornos de ansiedade geram um sinal de alerta, visto que a maioria dos estudantes afirma que a pandemia tem provocado grandes efeitos na saúde mental em decorrência da situação que envolve desemprego, quebra de rotina, preocupação com os familiares, solidão e, principalmente, a incerteza quanto ao futuro. “Diante desses fatos, faz-se necessário reforçar a importância da investigação continuada sobre o tema, para que a Universidade possa pensar em mecanismos de suporte financeiro e emocional para esses alunos que, no longo prazo, podem vir a adquirir reações psicológicas subjacentes a esse período de vida tão atípico e desafiador para a população em geral”, apontam.