Início do conteúdo

UFPel é selecionada em Programa de Internacionalização da Capes

A UFPel foi uma das 25 universidades brasileiras contempladas no Edital dos Projetos Institucionais de Internacionalização (PrInt) da Capes. Concebido para desenvolver e implementar a internacionalização das áreas de conhecimento escolhidas pelas instituições selecionadas, o PrInt pretende estimular a formação de redes de pesquisas internacionais. No Rio Grande do Sul, apenas cinco universidades foram selecionadas. Veja o resultado preliminar.

“Foi um edital extremamente concorrido, envolvendo as 63 universidades federais brasileiras e dezenas de universidades comunitárias e particulares. Num momento de tanta restrição orçamentária em ciência e tecnologia no país, é um alento saber que a UFPel foi capaz de preparar uma proposta competente que a fez alcançar um financiamento tão difícil”, comemorou o reitor, Pedro Curi Hallal.

Para o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, Flávio Demarco, o desempenho das universidades gaúchas foi excelente, pois colocou cinco das 25 finalistas. E aí entra o trabalho da UFPel, que totalizou R$ 30 milhões solicitados em seus projetos, para uso em quatro anos. A Universidade ainda não sabe efetivamente quanto receberá, pois o orçamento ainda será adequado pela Capes. “As áreas de Saúde e de Alimentos são as que mais se consolidam no setor de pós-graduação da UFPel com este resultado preliminar”, observou Demarco.

Ele conta que a vitória da Universidade começou a ser desenhada em dezembro do ano passado, quando foi feita uma reunião para definir o que seria apresentado em termos de propostas da Instituição. A ideia foi basear a proposta no que a UFPel tem de mais forte, seus eixos sustentáveis e mais competentes. A partir daí, foi realizada uma seleção interna, até fevereiro, de onde saíram os 16 programas participantes da proposta final, que tinham de cumprir determinados quesitos, como ter doutorado, no mínimo nota quatro ou financiamento internacional. Os projetos foram agregados nas duas grandes áreas de Saúde e de Alimentos. Entre as aplicações dos recursos, bolsas para doutorado sanduíche ou para pós-doc, por exemplo.

O pró-reitor ressalta a dificuldade de aprovação das propostas dentro do Programa, já que o PrInt poderia aprovar projetos de até 40 instituições, mas o fez somente para 25. Um dos quesitos analisados na proposta foi a composição do Comitê Gestor local, que na UFPel é composto pelo reitor Pedro Hallal, pelo pró-reitor Flávio Demarco, pelo presidente da Fapergs e docente da Universidade Odir Dellagostin, pelo vice-diretor da Faculdade de Agronomia, Antônio Oliveira, e pelo professor I-Min Lee.

Demarco destaca ainda alguns pontos como fundamentais na conquista, como as atuações da Coordenação de Relações Internacionais (CRInter), pelo coordenador Max Cenci, do Idiomas sem Fronteiras, que está consolidado na Universidade, e as contratações de 21 professores visitantes e de um professor de português para estrangeiros.

PrInt

Os recursos de 2018 serão destinados às instituições de ensino superior participantes do processo de seleção, iniciado em 2017. Os projetos escolhidos começarão em novembro, com um prazo de duração de quatro anos. A partir de 2019, a Capes investirá, anualmente, no Programa, R$ 300 milhões.

Com essa iniciativa, a Capes pretende ampliar as ações de apoio à internacionalização na pós-graduação e o consequente aprimoramento da qualidade da produção acadêmica oriunda deste segmento da educação. A mobilidade de professores e alunos, também está prevista no escopo de Programa, incentivando a transformação das instituições participantes em um ambiente internacional.

Processo de seleção
Cada IES interessada apresentou o seu plano de internacionalização da pós-graduação, para inscrição no PrInt. Estas propostas foram submetidas, durante o mês de julho, às análises de especialistas nacionais e internacionais. Entre as exigências para a participação no Programa está a de que as instituições tenham, no mínimo, quatro programas de pós-graduação recomendados pela Capes na última Avaliação Quadrienal e, pelo menos, dois cursos de doutorado.

Para atender aos pré-requisitos do edital, a instituição concorrente precisou definir temas estratégicos a serem apoiados e mostrar, por meio de políticas e ações inovadoras, como iria ganhar maior protagonismo internacional nos próximos anos. A instituição deveria definir as suas metas para melhoria da qualidade da pós-graduação, com parcerias estratégicas e contrapartidas bem definidas, prevendo o fortalecimento de grupos de pesquisa em colaboração internacional.

A análise de mérito envolveu um diagnóstico institucional, capacidade técnica do grupo gestor, coerência e viabilidade da proposta – bem como seu caráter inovador –, além da sua relevância, considerando o impacto sobre a instituição. O resultado baseou-se não apenas na qualidade da instituição proponente, mas também na habilidade para escolher as áreas e parcerias estratégicas de acordo com a vocação da IES.

Além disso, o uso de estratégias inovadoras para internacionalização e a capacidade da instituição atender as metas definidas, baseada nos dados disponíveis na proposta e utilizando plataformas de dados nacionais e internacionais, também contaram para avaliação.

O acompanhamento e monitoramento dos projetos será feito por um comitê de especialistas nacionais e internacionais, considerando as metas propostas pelas próprias instituições.

As ações financiáveis pelo PrInt
O Programa Institucional de Internacionalização financiará as seguintes demandas: Auxílio para Missões de Trabalho no Exterior, Recursos para Manutenção de Projetos, Bolsas no Exterior (Doutorado Sanduíche, Professor Visitante Júnior e Sênior e Capacitação em cursos de curta duração), Bolsas no Brasil (Jovem Talento, Professor Visitante e Pós-Doutorado).

Mudanças no Doutorado Sanduíche
Com o PrInt, haverá mudanças no próximo edital do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE). As utilizações das cotas de doutorado sanduíche devem refletir uma política institucional clara de internacionalização, para ser um instrumento de construção de colaboração estratégica internacional, buscando a melhoria da qualidade de pesquisa e pós-graduação no Brasil.

Para que isto ocorra, a Capes fará um novo acordo com as IES, uma vez que as cotas de bolsas serão por instituição e não por curso. Importante será destacar que não haverá mudança no número de cotas para a instituição.

A instituição deverá esclarecer a sua política para distribuição das cotas bem como a seleção de candidatos. Esta informação será utilizada para a concessão das bolsas a partir do edital de 2020.

Os processos de “Seleção” e “Homologação” serão feitos exclusivamente dentro da instituição, que deverá seguir as regras descritas no edital do Programa. Um relatório institucional bianual será avaliado pela Capes quanto a utilização das bolsas e mudanças ocorridas na IES relativas à sua concessão.

Com informações da Capes

Publicado em 21/08/2018, nas categorias Destaque, Notícias.