Vacinologia reversa é tema de curso internacional na Biotecnologia
Será encerrada, nesta sexta-feira (27), a quarta edição do curso de Vacinologia Reversa, oferecido pelo Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e promovido pelo Centro Brasileiro-Argentino de Biotecnologia (CBAB). A atividade foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o que possibilitou o translado e a permanência dos 13 participantes vindos da Argentina, Paraguai, Uruguai e diversas partes do Brasil.
Atividades teóricas e práticas conduziram os participantes pela temática da Vacinologia Reversa, com foco especial para o desenvolvimento de vacinas recombinantes. O caminho entre a obtenção dos genes de micro-organismos e a posterior expressão da proteína recombinante que possa vir a fazer parte de uma vacina estiveram entre os conteúdos explorados nas duas semanas do curso.
Professores vindos da Argentina, do Uruguai e de outras instituições brasileiras formaram o corpo docente da atividade. Entre eles, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), Odir Dellagostin, docente da Universidade Federal de Pelotas, que tratou sobre Bioinformática.
“A UFPel é referência nessa área de vacinas recombinantes”, diz o participante do curso Éder Lopes, pesquisador da Universidade de Fortaleza (Unifor). Para ele, foi uma surpresa muito boa ter sido selecionado parta participação no curso, pois esta é uma oportunidade de aprender com quem já sabe fazer, buscando o conhecimento direto na fonte: “Muitas coisas novas vão ser incorporadas no meu projeto, coisas que nem pensava que daria para fazer”.
A argentina Mariana Arregui, doutoranda da Universidade de Buenos Aires, também se mostrou animada com a participação na atividade, pois isso gera uma rede de contatos voltados para a troca de conhecimento. “Isso também abre portas para parcerias futuras”, diz.
Internacionalização
Justamente essa troca de experiências e a possibilidade de novas parcerias foram destacadas por uma das responsáveis pelo curso, a professora Sibele Borsuk, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDTec). “É importante aprender a desenvolver vacinas, mas também a estabelecer novos contatos”, afirma. Ela destaca, da mesma forma, o curso como mais uma atividade voltada para o fortalecimento da internacionalização da UFPel: “Da mesma forma que trouxemos estudantes de outros países, professores visitantes também estiveram presentes”.