Rodas de Conversa abordarão o tema “Só a morte resolverá a angústia de quem vive?: Conversando sobre o sofrimento psíquico do universitário”

O Núcleo Pedagógico de Apoio ao Discente (Nupadi), da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, realizará quatro Rodas de Conversa, criadas em função da mobilização causada pelo último incidente de aluno da Furg, sobre o tema “Só a morte resolverá a angústia de quem vive?: Conversando sobre o sofrimento psíquico do universitário”.

Cronograma e Locais. (atualizado)

04/04/18 quarta-feira, às 10h30min no Auditório do Campus Anglo.

11/04/18 quarta-feira, às 10h30min no Auditório da FAEM.

13/04/18 sexta-feira, às 17h no Auditório da Faculdade de Direito.

20/04/18 sexta-feira às 17h no Auditório do Centro de Artes.

Núcleo Psicopedagógico de Apoio ao Discente

A Coordenadoria de Integração Estudantil da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da Universidade Federal de Pelotas com o intuito de dar o devido acompanhamento e encaminhamento dos alunos de graduação, bolsistas da PRAE, que não conseguem cumprir com os critérios de aproveitamento acadêmico criou em 2012 o NUPADI. Dessa forma, uma equipe, atualmente composta por duas psicólogas, uma enfermeira, uma assistente social, vem desenvolvendo ações que auxiliem o aluno em situação de vulnerabilidade no que tange à sua permanência nos programas (moradia, transporte, alimentação etc), dos quais, em grande parte dos casos, dependem para dar continuidade à formação universitária.

À medida que aumenta a população acadêmica, o que vem se observando no transcorrer dos últimos anos, aumentam também os casos de alunos que apresentam uma gama de déficits, não apenas no âmbito psicossocial e familiar, mas também cognitivos, denunciando um significativo prejuízo nas questões relacionadas à aprendizagem e fragilidade psíquica. Dessa forma, além da necessidade de ampliar o contexto de atendimento psicológico e de assistência social, torna-se necessário um acompanhamento que contemple questões relacionadas à aprendizagem e à vida acadêmica, por meio de oficinas e encontros grupais. Na perspectiva de um olhar para o aluno em sua integralidade, considerando o contexto geral em que o corpo acadêmico se insere, com seus devidos aspectos sociais, econômicos, emocionais e culturais.

O NUPADI, portanto, busca oportunizar, dentro do possível, acolhimento de demandas discentes nos âmbitos da aprendizagem, da saúde física e mental, assim como aspectos sociais de amplo espectro, atuando com intervenções específicas na resolução e prevenção de dificuldades que podem estar produzindo sofrimento psíquico, bem como o não aproveitamento acadêmico, a reopção de cursos e quiçá a evasão acadêmica, atuando direta e subliminarmente em questões também de cunho institucional que podem estar interferindo em sua vida. Nesse sentido, o atendimento psicológico individual, o qual existe desde 1984 na Universidade, vem ampliando espaço numa perspectiva em que a força do coletivo faz-se presente. Assim, há todo um investimento do Núcleo em programas, oficinas, encontros, rodas de conversa, em que se formam GRUPOS.

Como obter atendimento do NUPADI?

• Atendimento psicológico individual – Em geral os alunos interessados nesse atendimento, inscrevem seu nome na recepção da PRAE, compondo uma lista de espera, que pode demorar de 6 meses a 01 ano, aproximadamente. Além das psicólogas, há também o atendimento de estagiários do último ano do curso de psicologia. O atendimento é pautado em alguns critérios, como não possuir mais que duas faltas e ter a duração de um ano letivo, oportunizando espaço para que outros possam se beneficiar dessa modalidade. Vale lembrar que o NUPADI não possui pronto-atendimento, tampouco atende casos de urgência e emergência, ou casos graves, sendo eles encaminhados (vide projeto RiZoma). Há ainda, outras propostas que venham atender diferentes demandas.
• Projeto RiZoma – espaço coletivo que visa acolher alunos que querem se inscrever ou já se inscreveram na lista de espera do atendimento psicológico. Espaço este em que o aluno será convidado a participar e nesse momento poderá ser ouvido, orientado e até encaminhado dentro das possibilidades de rede que se conhece na cidade. A proposta é interdisciplinar e pretende dar os devidos encaminhamentos e orientações possíveis aos alunos em suas diferentes demandas. Esta atividade ocorrerá a partir de abril deste ano, periodicamente na última segunda-feira de cada mês, observando o calendário acadêmico. Em 2018/1 será realizado um piloto do Projeto RiZoma especificamente para os moradores da Casa do Estudante.
• Oficinas de aprendizagem auto-regulada – oficinas com metodologia específica, abordam temáticas como memória, concentração, procrastinação, assim como desenvolve habilidades dentro de uma auto-regulação do processo de aprender de cada aluno, por meio de avaliação dos métodos de estudo, narrativas e meios de resolutividade dada a singularidade com que cada aluno aprende. O próximo circuito de aprendizagem ocorrerá a partir de maio deste ano. Alunos e professores poderão se inscrever nas atividades propostas.
• Programa do Desenvolvimento da Criatividade – composto por dez encontros, visa aumentar a flexibilidade cognitiva dos alunos, por meio de atividades práticas e treinamento de habilidades, haja vista que ser criativo é também criar outros modos de aprender, ser e estar no mundo universitário. Este grupo tem periodicidade anual e para 2018 estamos em fase de reavaliação do projeto.
• Projeto Saúde na Casa – objetiva desenvolver um programa de prevenção em saúde voltado aos universitários moradores da Casa do Estudante da UFPEL, a fim de minorar a evasão acadêmica bem como incrementar a autoestima do público trabalhado. Tal projeto já existe desde 2015 e neste ano de 2018 será realizado em parceria com o Departamento de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da UFPEL.
• Projeto “Diz Aí” – espaço terapêutico para dialogar sobre questões relacionadas à raça, gênero e sexualidade. Este espaço nasceu na PRAE, mas está se consolidando em um projeto de extensão, aberto à comunidade portanto, com funcionamento no Ambulatório da Faculdade de Medicina. O NUPADI segue em parceria nas entrevistas iniciais para os encaminhamentos.
• Clínica de Experimentações: grupos psicoterapêuticos que visam uma abordagem esquizoanalítica, trabalhando por meios de elementos da Arte, da Filosofia e da Ciência, em que os alunos possam expressar suas emoções e situações que estão enfrentando e suas vidas e experimentar outros modos de lidar com suas dificuldades. Inscrições ocorrem início do ano através de chamada pelo site.
• Programa Permanente de Prevenção ao Suicídio “Para Cuidar da Vida” – com enfoque na promoção e prevenção em saúde oportunizará nesta primeira edição um grupo com duração de 12 encontros, com inscrições prévias e entrevista de seleção, com possibilidade de acolhimento de 8 a 12 pessoas. Rodas de conversa volantes nas unidades, em que alunos e professores poderão conversar sobre o assunto, seja para trabalhar terapeuticamente alguma questão, seja para obter orientações de como agir para consigo ou para o cuidado de outra pessoa próxima a si.

Semana de prevenção ao suicídio, alusiva ao mês internacional de prevenção ao suicídio – Setembro Amarelo.

• Grupo de prevenção da baixa autoestima e do nível de ansiedade elevada – Visa oferecer aos alunos espaço de apoio e encorajamento às adversidades do dia-a-dia. Os encontros são semanais, de caráter permanente, com enfoque nas temáticas acima, que são fatores considerados preditivos da depressão e outras patologias psíquicas, inclusive do risco de suicídio. Espera-se com estes grupos impactar positivamente no rendimento acadêmico dos participantes.

Nesta primeira edição, o público-alvo são os alunos bolsistas da PRAE que não obtiveram aproveitamento acadêmico satisfatório e receberão convite para participarem das atividades.

• Projeto de acompanhamento acadêmico – atendimentos individualizados diante do não aproveitamento acadêmico e/ou de outras demandas diante da dificuldade do aluno bolsista em cumprir acordo realizado ao se inscrever nas bolsas e programas. Dessa forma, não se trata de uma justificativa por escrito, mas sim de uma escuta atenta às dificuldades possíveis que o aluno possa estar enfrentando e que impedira de ter o êxito acadêmico esperado.
• Projeto Geração de Renda – visa oportunizar aos alunos o acesso ao conhecimento de técnicas e habilidades para trabalhar com artesanato de maneira que consigam angariar uma renda auxiliar para complementar sua renda e assim minimizar a sua situação de vulnerabilidade social.