Dia de Campo em Piscicultura leva produtores à Barragem do Chasqueiro
A Barragem do Arroio Chasqueiro, estrutura localizada no município de Arroio Grande administrada pela Agência de Desenvolvimento da Lagoa Mirim, recebeu nesta terça-feira (11) a primeira edição do Dia de Campo em Piscicultura. O evento, promovido em uma parceria entre a ALM/UFPel, a Emater e a Embrapa, reuniu cerca de 250 pessoas de oito municípios da região.
Os principais atendidos pela ação foram pequenos agricultores, assentados e quilombolas, além de pescadores interessados em trabalhar com piscicultura durante o período de defeso, de forma a agregar a produção de peixes como geração de renda.
O Dia de Campo foi formado por seis estações temáticas, nas quais eram desenvolvidas palestras de 15 minutos, seguidas por 5 minutos para perguntas. As palestras foram ministradas por professores e alunos de cursos de doutorado da UFPel. No final do dia, houve uma demonstração de despesca para os produtores.
Foram tratados temas como as vantagens e desvantagens das espécies de peixe, a qualidade da água na produção, calagem e fertilização, alimentação adequada de alevinos e peixes, doenças dos animais e a introdução correta de alevinos.
Segundo o reitor da UFPel, professor Mauro Del Pino, a realização de um evento como este reforça a contribuição da universidade para a sociedade, não apenas na formação de profissionais, mas também transferindo diretamente o conhecimento produzido pela pesquisa dentro da instituição para aqueles que serão afetados diretamente por ele.
O professor Ricardo Robaldo, coordenador da Barragem do Chasqueiro, foi outro a destacar essa interação entre a academia e as áreas de produção. Segundo Robaldo, os objetivos foram alcançados e já são planejadas outras atividades relacionadas com o tema, como minicursos, que serão realizados em dezembro.
Os produtores atendidos pelo Dia de Campo saíram satisfeitos com o que foi apresentado. Para a coordenadora de ações para etnias do município de Canguçu, a quilombola Maica Soares, o dia foi muito produtivo. Ela afirma que o incentivo à piscicultura pode trazer um aumento na renda das cerca de 500 famílias quilombolas do local, que atualmente criam peixes apenas para consumo.