Chega de violência: reunião traz novas linhas para ação
Uma reunião entre representantes da reitoria da UFPel, entre eles o reitor Mauro Del Pino, o comando da Brigada Militar e integrantes da Guarda Universitária na tarde desta quinta-feira (8) deu prosseguimento às iniciativas de combate à violência nas regiões que cercam unidades da Universidade Federal de Pelotas que vem sofrendo com assaltos e agressões.
O encontro iniciou com uma apresentação geográfica das áreas mais expostas pelo fenômeno, notadamente as áreas dos campi Anglo e Ciências Sociais, sendo também a rua Gomes Carneiro, acesso principal ao primeiro, considerada crítica. O assessor do Gabinete do Reitor, Paulo Koschier, salientou o iminente aumento de fluxo na área do prédio da Cotada e da Alfândega, com a inauguração do Centro de Engenharias.
Entre as preocupações explicitadas na reunião, estiveram a dos trajetos de acesso aos prédios pertencentes à UFPel, que, diferente dos locais atendidos pela vigilância universitária, são espaços nos quais ocorrem diversas ações de bandidos, e, por parte dos vigilantes, da carência de estrutura – como câmeras de vigilância – e de falta de controle nos acessos aos prédios.
O chefe de operações do 4º Batalhão da Brigada Militar, capitão Bastos Alves, afirma que, após o contato da universidade, foi reestruturada a ação policial na área. “Efetivamos uma patrulha específica para a área das universidades”, disse. Ele explica que há uma viatura exclusiva para circular na região e que haverá, ainda, um implemento nesse número quando entrar em funcionamento o programa de policiamento comunitário. “A região universitária ficará como uma das três áreas mais policiadas de Pelotas”, previu o militar.
Campanha #chegadeviolência
Ao explicar a campanha #chegadeviolência, a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Ediane Acunha, disse que a universidade não tem a pretensão de substituir a polícia, mas sim de ser um canal de interlocução entre os estudantes e a instituição. Ela afirma que muitos alunos preferem não registrar ocorrência, por diversos motivos, e que, para isso, foi criado o e-mail chegadeviolencia@ufpel.edu.br .
Sobre as agressões ocorridas ultimamente, quando as vítimas são espancadas sem nenhum outro tipo de crime, como roubo, Ediane explicou que o perfil dos escolhidos é de estudantes de fora do estado do Rio Grande do Sul, identificados pelo seu tipo físico ou pelo sotaque, e homoafetivos.
Entre os encaminhamentos previstos pela campanha, além do acolhimento de denúncias pelo e-mail, está a conscientização da comunidade universitária, através de ações como panfletagens com a presença do reitor, do comando da BM e dos vigilantes, que ocorrerão no Anglo, no Campus das Ciências Sociais e no Restaurante Escola.
Além disso, de acordo com a pró-reitoria de Infraestrutura, foi feito um levantamento de necessidade para a instalação de câmeras de segurança recentemente, cujos resultados devem chegar em breve. Segundo o pró-reitor Gilson Porciúncula, esse tipo de equipamento é inteligente por conseguir identificar atitudes suspeitas. Também está sendo estudada a possibilidade de os vigilantes usarem tasers.