Adequação elétrica no IB garante estabilidade no fornecimento de energia
Fortalecer e estabilizar a tensão da rede elétrica do campus Capão do Leão, de forma a garantir o abastecimento contínuo, mesmo nos períodos de maior demanda e diante de eventuais interrupções no serviço da empresa fornecedora de energia, é um desafio que começa a ser enfrentado pela atual administração da UFPel.
No entanto, a multiplicidade de problemas ocasionados por uma rede defasada e por instalações antigas e em muitos casos inadequadas requer ações pontuais e diferenciadas.
O colapso energético vivido por departamentos de várias unidades do campus CL tem no Instituto de Biologia (IB) o exemplo mais grave, onde a rede está saturada e um transformador adaptado, de 300 KWA, não dá conta da demanda. “Hoje tudo está ligado nesse transformador e não é possível ligar ao mesmo tempo os aparelhos de ar condicionado que existem”, explica o fiscal da obra, engenheiro eletricista Geovane Souza de Campos, da Coordenação de Obras e Planejamento Físico da Proplan/UFPel. “E isso que há deficiência de aparelhos de ar condicionado na unidade!”, observa, destacando que na atual configuração está proibida a instalação de novos aparelhos.
A situação era insustentável, pois em picos de calor como os verificados no verão desse ano, muitos ambientes não ofereciam condições de trabalho. E o mais grave: laboratórios corriam o risco da perda das pesquisas e trabalhos realizados. Segundo a diretora do IB, professora Gladis Ribeiro, esta era uma pauta antiga do Instituto, pois, pelas frequentes quedas de energia, muitos experimentos eram perdidos e a manutenção dos materiais era dificultada.
A solução passa pela instalação de uma subestação de energia e de um gerador, que contemplará dez prédios da unidade, o setor de ressonância magnética e o Biotério Central, que também está com deficiência. “Esta que estamos executando é a primeira de um conjunto de três etapas que se impõem no campus Capão do Leão nessa área. A segunda intervenção exigirá a reformulação da rede alta tensão da Universidade em todo o campus. Depois, será necessária a reformulação interna dos prédios”, antecipa o fiscal da obra.
Com a nova subestação e o novo gerador, há a expectativa de estabilidade no fornecimento de energia para a Biologia. Quando houver interrupção ou quedas, há condições de tudo funcionar, menos os aparelhos de ar condicionado, que continuarão ligados no transformador. A exceção são aparelhos de alguns ambientes que necessitam de refrigeração ininterrupta e que por isso ficarão ligados no gerador. “Isso resultará em economia de combustível e de geração de energia”, observa o engenheiro Geovane Campos.
Além de beneficiar os cursos da unidade, as melhorias contemplam também usuários de outros 25 cursos que usam a estrutura do local para a ministração de suas disciplinas básicas.