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PPG em Epidemiologia apresenta estudos sobre benefícios da atividade física

Defesa de tese: “Efeitos do exercício em pacientes com hipertensão arterial sistêmica e doença renal crônica: ensaio clínico randomizado”
Data: 17/04/2013
Hora: 9h
Local: Auditório Kurt Kloetzel
Endereço: Marecehal Deodoro, 1160

Pesquisa realizada pelo Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFPel em pacientes hipertensos com doença renal crônica evidenciou que pacientes que praticam exercício apresentam diminuição em fatores de risco cardiovascular.

A pesquisa desenvolvida foi um ensaio clinico randomizado, considerado a melhor forma de avaliar a eficácia de uma intervenção. O estudo incluiu 150 pacientes atendidos nas Unidades Básicas de Saúde. Metade destes pacientes foi convidado a fazer aulas de ginástica, três vezes na semana e os demais mantiveram suas atividades habituais, sendo considerado como grupo controle. Os pacientes que praticaram atividade física apresentaram um melhor controle da sua pressão arterial, do peso corporal e da glicemia de jejum, o que não ocorreu no grupo controle. A associação entre o exercício e a maior perda de peso e a diminuição da glicemia de jejum sugerem um efeito positivo da pratica do exercício na saúde geral dos pacientes portadores de doença renal crônica.

Este estudo fez parte do Doutorado em Epidemiologia do médico nefrologista Franklin Barcellos, orientado pelos professores Pedro Hallal e Iná Santos.

Defesa de tese:Atividade física em diferentes fases da vida, massa mineral óssea e perfil lipídico em adultos pertencentes à Coorte de Nascimentos de Pelotas de 1982″
Orientadora: Denise Petrucci Gigante
Banca: Ana Maria Baptista Menezes, Pedro Rodrigues Curi Hallal e Alex Florindo (USP)
Local: Sala de Reuniões 327
Data:02.05.2013
Hora:09:30hs
Apresentador: Renata Moraes Bielemann

“Prática de atividade física é importante para a saúde sempre”

Esta foi a principal conclusão do estudo que fez parte da tese de Doutorado em Epidemiologia pela Universidade Federal de Pelotas da aluna Renata Moraes Bielemann. O trabalho da estudante, orientado pela professora Dra. Denise Petrucci Gigante, utilizou dados de quatro visitas aos participantes da coorte de nascimentos de Pelotas de 1982. No último acompanhamento, realizado entre junho de 2012 e fevereiro deste ano, em torno de 3700 adultos jovens compareceram à clínica localizada no Centro de Pesquisas em Saúde Amilcar Gigante para responderem sobre hábitos de vida e saúde em geral, além de realizarem diversos exames. O estudo avaliou o efeito da prática de atividade física desde a adolescência sobre os depósitos de gordura e colesterol no sangue e a saúde óssea aos 30 anos.

A primeira parte do estudo avaliou se a mudança na prática de atividade física em cinco anos influenciou os níveis de gordura e do colesterol “bom” (HDL-colesterol) no sangue. Essas análises foram feitas somente para os homens entrevistados no quartel, em 2000, no acompanhamento dos 18 anos e novamente aos 23 anos, quando os participantes foram ao centro de pesquisa para coletar sangue. Os resultados apontaram que o aumento da atividade física no período de cinco anos diminuiu os níveis sanguíneos de gordura, prevenindo a incidência de doenças cardiovasculares. Além disso, maiores níveis do colesterol “bom” foram encontrados entre homens que atingiram a recomendação de 150 minutos por semana de atividade física em qualquer lugar, seja no trabalho, em casa, no deslocamento ou nos períodos de lazer.

Já a segunda parte do estudo avaliou a influência da prática de atividade física na adolescência e idade adulta sobre a densidade mineral óssea dos participantes da coorte de ambos os sexos, aos 30 anos de idade. Os resultados aqui encontrados mostraram que a prática de atividade física na adolescência e começo da idade adulta levou a maiores valores de densidade óssea. Porém, esses resultados foram encontrados somente para os homens. Por outro lado, mulheres que foram ativas na adolescência e idade adulta apresentaram maiores valores de densidade óssea, indicando a necessidade de uma prática de atividade física constante ao longo da vida é maior para as mulheres do que para os homens. Esse aspecto é particularmente importante considerando que a população feminina é a principal acometida pelas fraturas relacionas à osteoporose.

Estes achados estiveram de acordo com a literatura existente e evidenciaram que a prática de atividade física é um comportamento importante que deve ser incentivado por toda a vida, de forma a prevenir as doenças cardiovasculares, a mortalidade precoce e também a incidência de fraturas na velhice e no período da pós-menopausa, evitando a perda de mobilidade e capacidade de realização das tarefas diárias causada pela osteoporose e também os enormes gastos públicos em saúde demandados por ela.

Fonte: PPGE

Publicado em 17/04/2013, na categoria Notícias.