UFPel recebe representantes do MEC. Visita pontua problemas estruturais da Universidade
A UFPel recebe, nesta sexta-feira e sábado(12 e 13), a visita da diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Adriana Rigon Weska, e da coordenadora geral de Gestão de Pessoas do MEC, Dulce Tristão. Na oportunidade, será feito um relato das principais deficiências de infraestrutura e recursos humanos e das necessidades de investimento e custeio da Universidade, bem como a demonstração de projetos prioritários para viabilizar o funcionamento da instituição.
Na manhã desta sexta-feira será cumprida uma agenda interna na Reitoria e à tarde ocorre visitação a prédios e unidades acadêmicas – o roteiro inicia no prédio do Instituto de Ciências Humanas e culmina com visita ao campus Capão do Leão. No sábado, haverá novo encontro na Reitoria para o fechamento da agenda, com entrega de planos de trabalho.
A visita é resultado da recente viagem do reitor Mauro Del Pino a Brasília, quando cumpriu agenda no MEC e participou de reunião da Andifes. Nos encontros ocorridos no Ministério, Del Pino descreveu os sérios problemas de infraestrutura enfrentados pela UFPel, no que se refere, principalmente, à área física, com prédios que necessitam de reformas e intervenções, para oferecer a qualidade necessária para quem neles estuda e trabalha.
Diante de um contexto classificado como caótico, o reitor da UFPel defendeu um tratamento diferenciado à Instituição, o que motiva a vinda das representantes do MEC, para verificar in loco a situação, visando a liberação de verbas para o atendimento das diversas demandas.
As dificuldades passam pelas estruturas dos prédios, redes elétrica e hidráulica, medidas de prevenção contra incêndios, acessibilidade, revestimento de ambientes, pinturas, pisos, iluminação e aeração, entre outras. Na maioria dos casos, a falta de manutenção preventiva redunda na urgência de manutenção corretiva.
Para fazer frente ao quadro de visível precariedade e abandono de grande parte dos prédios da Universidade e da deficiência de espaço físico, a nova gestão administrativa da UFPel está apontando um conjunto de ações prioritárias. Estima-se que os recursos necessários para solucionar todos os problemas sejam da ordem de R$ 40 milhões.
Na visita da representante do MEC será demonstrada a característica multicampi da UFPel, com a dispersão de unidades em diversas áreas da cidade, ocupando vários imóveis alugados, uma vez que a antiga gestão priorizou a aquisição de terrenos e prédios antigos que, apesar dos recursos investidos, não representam solução a curto e médio prazos.
“Dos 15 imóveis adquiridos com recursos do Reuni, entre 2007 e 2012, num investimento de R$ 11,9 milhões, não há sequer um prédio que esteja em uso acadêmico”, exemplifica o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Luiz Osório Rocha dos Santos. Por outro lado, a Universidade gasta anualmente R$ 3,3 milhões com a locação de imóveis, cujo custo anual de manutenção supera os R$ 6 milhões.