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A Sala recebe performance da IBG – Instant Band Grrrls

A Galeria A Sala, do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), recebe, nesta terça-feira (16), uma performance sônica da IBG – Instant Band Grrrls, grupo da artista Marion Velasco, que expõe no espaço. A apresentação está marcada para as 19h, na Galeria, que fica na Rua Alberto Rosa, 62 – sala 111. A performance marca o encerramento da exposição “Playlist – A SALA”. Antes disso, às 17h30min, haverá conversa com a artista.

IBG é uma proposição pluriautoral de performance em artes visuais com elementos sonoros e literários. Aborda questões políticas feministas com uma estrutura flexível que permite a difusão em diversos meios, mídias e formatos, tais como festivais, saraus, shows, Internet, rádio. É composta pelas artistas Alice Porto (poesia e voz), Andressa Cantergiani (teclados), Mariana Kircher (guitarra e pedais) e Marion Velasco (poesia, voz, Ipad e controlador de som).

IBG se estrutura na poesia escrita e recitada por Alice, que se constrói a partir de um arquivo de anotações cotidianas com implicações políticas feministas, recuperando e invertendo, temporariamente, através da escrita, a perspectiva e domínio narrativo sobre esses acontecimentos. As anotações têm sido transformadas em poesias, a partir de uma vivência de escrita com a escritora Angélica Freitas, em Vespasiano Correia-RS e, ganhado uma dimensão sonora, através da troca com as outras artistas da IBG.

A recitação de Alice é intersectada pela voz de Marion, que apresenta líricos próprios, trechos escolhidos na obra de poetas americanas da 2ª geração BEAT, como Mary Norbert Körte, Anne Waldman, de escritoras brasileiras, como Cecilia Meirelles e na publicação coletiva independente Xoxotas de Pelotas e, dispara, ao vivo, samples ruidosos (do maquinário industrial dos anos 1920), melódicos e ritmados dos padrões para baixo-bateria-percussão-efeitos, em estilos como: breaks, d&b, house, disponibilizados pelo app–controlador de som, baixado no Ipad. Com isso, Marion desenha a base eletrônica das peças sonoras e entende que a tecnologia, também, é coautora do trabalho, já que os equipamentos e aplicativos usados, várias vezes, travam, não “abrem” e ou desligam. As mudanças no pitch, em meio a execução das peças, os toques improvisados com a mão cheia sobre as células e o uso de filtros são bem-vindos. A recepção do “erro”, o que acontece no “acabar juntos” do espaço-tempo, corpo-máquina, é da ordem do performativo.

Saiba mais sobre a proposta aqui. As letras encontram-se disponíveis neste link.

Publicado em 15/10/2018, nas categorias Destaque, Notícias.