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UFPel contribui para reconhecimento do gênero musical Choro como Patrimônio Cultural do Brasil

Na última sexta-feira, 4, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) publicou um parecer indicativo, para finalizar os últimos trâmites necessários para considerar o gênero musical “Choro” como Patrimônio Imaterial do Brasil.  Por meio do curso de Bacharelado em Música Popular, do Centro de Artes da UFPel, a Universidade está contribuindo ativamente com esse processo para o reconhecimento do “Choro” como Patrimônio Cultural da sociedade brasileira.

O processo de instrução de registro contou com a contribuição de um grupo de pesquisa que tem como um dos coordenadores o professor do curso de Bacharelado de  Música Popular da UFPel, Rafael Velloso, que também foi o coordenador do projeto de extensão da UFPel, que pesquisou a história e a tradição do Choro em Pelotas, o projeto “Avendano Júnior: a tradição do Choro em Pelotas”. Os participantes do projeto organizaram um acervo físico e digital para a comunidade pelotense sobre músicos chorões, choronas que tocaram e cantaram o gênero na cidade.

Mais recentemente, integrantes da UFPel também contribuíram na participação do projeto de criação, implementação, manutenção e atualização do banco de dados sobre o Choro como patrimônio cultural imaterial do Brasil. O registro também contou com a presença de integrantes do Clube do Choro de Pelotas.

Rafael Velloso, acredita que o Estado brasileiro tem a oportunidade de contribuir com a história, uma vez que o gênero musical faz parte da identidade brasileira: “O reconhecimento do Choro como Patrimônio Cultural do Brasil é um reconhecimento mais que justo, ele é necessário, já que o choro faz parte da construção da nossa identidade e está presente na formação da cultura brasileira”. Além disso, o professor afirma que a UFPel e diversas outras instituições contribuem para a popularização e  preservação do gênero no Brasil e no mundo: “A Universidade Federal de Pelotas, assim como outras instituições, formam hoje uma grande rede de pesquisa e salvaguarda do Choro. É com base nesta rede, que iremos ampliar as possibilidades de ações concretas para ampliar e potencializar os projetos de pesquisa, ensino e difusão do Choro no Brasil e no Mundo.” afirmou.

O Gênero e a sua origem

A origem do choro descende das misturas de elementos de danças europeias, música popular portuguesa e influência de músicas africanas. Apesar do nome, o gênero tem, em geral, um ritmo agitado e alegre, caracterizado pelo improviso dos participantes. As primeiras rodas de choro em terras tupiniquins surgiram no Rio de Janeiro, por volta do final do século XIX. Logo em seguida, o gênero foi ganhando força em outras regiões do Brasil com apoio das rádios, a partir do século XX. Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha são alguns dos nomes brasileiros mais reconhecidos, que garantiram o choro como gênero musical.

2° Festival de Choro de Pelotas

Na manhã desta quarta-feira (15), ocorreu a abertura do 2° Festival de Choro em Pelotas, no auditório do Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Ciências Humanas, Sociais, Sociais Aplicadas, Artes e Linguagem da UFPel (CEHUS). O evento, que ocorre de quarta à domingo, contará com uma programação de bastante movimento na cidade: com aulas de instrumentos, de arranjo, composição e história do gênero. Apresentações de bandas pelotenses e regionais, oficinas e rodas de choro com artistas locais também estão incluídos na programação. O evento está sendo realizado no CEHUS, no Campus II, no Conservatório de Música da UFPel e no Clube do Caixeiral, na Praça Coronel Pedro Osório. Para mais informações sobre a programação, confira no site do Festival .

 

Publicado em 16/11/2023, na categoria Notícias.
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