Lideranças do HE participam de palestra sobre mudança de cultura
Na manhã de quinta-feira (20) as lideranças do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE UFPel) participaram da palestra “Mudança de Cultura: o papel da liderança como condutora do processo”, com o Gerente de Saúde, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho do Tecon Rio Grande, Cleiton Lages. A palestra foi pensada para apresentar às lideranças do Hospital como devem atuar nesse processo de mudança e qual seu papel.
A mudança de cultura foi um tema recorrente nos seminários de gestão e encontros com chefias nos últimos dois anos, sendo um tópico importante e que será tratado com muita dedicação neste 2020 no HE. Segundo o chefe da Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (USOST) do HE, Felipe Camerini, o início de um programa de mudança de cultura é marcado pela sensibilização das lideranças, principalmente as de mais alto nível hierárquico. “O líder deve ser o exemplo do comportamento que espera da sua equipe. A partir da sensibilização das lideranças poderemos desencadear as ações que nos possibilitarão elevar o índice de práticas seguras na nossa instituição”, destacou.
A superintendente do HE, Samanta Madruga, falou sobre a importância de receber pessoas de fora da instituição, com um novo olhar, para facilitar na reflexão dos temas. “Outros paradigmas auxiliam a nos tornar melhores, tanto como profissionais quanto como pessoas”.
Samanta aproveitou a ocasião para anunciar a entrega do primeiro certificado de reconhecimento dos indicadores de saúde e segurança à equipe da Unidade de Hematologia e Oncologia do HE, realizada na quarta-feira (19). Em 2019, a unidade apresentou a melhor média dos seus indicadores. “Nosso projeto 2020 trata-se da Gestão de Valores e nossos valores são as pessoas que fazem o Hospital Escola ser referência em qualidade no atendimento aos usuários do SUS. Inicialmente dedicamos nossa gestão a qualificar a infraestrutura e equipamentos, para permitir melhores condições de trabalho a todos e para que o serviço fosse realizado da melhor forma possível. Agora, estamos investindo ainda mais na aproximação com nossas equipes, para entender de que forma podemos atuar na saúde e segurança do trabalhador, melhorando sua qualidade de vida no trabalho”, afirmou.
Cleiton falou sobre a complexidade da reflexão sobre segurança, por envolver diversos fatores – sociais, emocionais e financeiros, por exemplo. Também foram abordados os estágios de maturidade da cultura de segurança e salientada a importância de os colaboradores assumirem a responsabilidade por si mesmo e pelos outros. O palestrante levantou questões como o valor da vida, quando relacionado à segurança no trabalho. “Quando se fala em perder um colega, um familiar ou um amigo, os números passam a ser muito mais importantes”, ilustrou.
“Por melhor que seja a infraestrutura, se nós não tivermos uma cultura de segurança bem estabelecida, seguirá havendo lesões e perdas. Por outro lado, a estrutura não precisa ser 100%, mas se tivermos essa cultura, os acidentes serão menores do que naqueles com locais de altíssimos investimentos e sem essa consciência. Para isso, podemos lançar mão de diversas ferramentas como, por exemplo, um simples certificado de reconhecimento”, exemplificou Cleiton, ao citar o certificado entregue no HE.