UFPel é a segunda universidade com mais projetos aprovados em edital da Fapergs
A UFPel foi a segunda universidade do Rio Grande do Sul com mais projetos aprovados no edital do Programa Pesquisador Gaúcho (PqG) da Fapergs que tem como objetivo selecionar propostas para apoio financeiro a projetos que visem a contribuir significativamente para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação no estado do Rio Grande do Sul, em qualquer área do conhecimento.
Na Faixa A do Edital, que tem financiamento de até R$ 30 mil por projeto, foram aprovadas as propostas de 33 docentes da UFPel. Um dos projetos selecionados é da professora da Faculdade de Odontologia, Adriana Fernandes da Silva, que pesquisa matrizes dentinárias como fonte proteica para uso na engenharia de tecidos. O projeto recebeu o valor de R$ 16,4 mil para a execução em 3 anos. Adriana explica que apesar de existirem variadas opções de biomateriais para formação de tecidos mineralizados, eles ainda apresentam risco com relação a antigenicidade, a possível incompatibilidade do hospedeiro, ao risco de infecção, entre outros problemas. “O objetivo do projeto é obter uma maior taxa de sucesso em defeitos ósseos faciais, através do desenvolvimento de um novo biomaterial contendo proteínas bioativas em sua composição para regeneração de tecidos mineralizados. A fonte será a partir da extração de proteínas da dentina humana para fins de otimização para a engenharia de tecidos mineralizados”, destacou.
Outro projeto selecionado na Faixa A é da professora Marina Sousa Azevedo, também da Faculdade de Odontologia, que aprovou o projeto Comparação de dois métodos de avaliação de risco de cárie em crianças: Estudo Clínico Randomizado que tem como objetivo comparar o tratamento relacionado à cárie dentária e acompanhamento baseado numa avaliação e classificação de risco (alto, moderado e baixo) de cárie elaborada, multivariada e individualizada de crianças que foram em busca de tratamento odontológico a uma estratégia mais simples de avaliação e de classificação do risco (alto e baixo) baseada na experiência de cárie, um estudo clínico randomizado com dois anos de acompanhamento. A pesquisa receberá R$ 15,4 mil para execução em 3 anos.
Já na Faixa B do Edital, que tem financiamento de até R$ 60 mil por projeto, foram aprovadas as propostas de 12 docentes da UFPel. Entre elas, o projeto da professora do Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos, Roselia Maria Spanevello, intitulado “Efeitos do tratamento com inosina em parâmetros comportamentais e bioquímicos em modelos experimentais in vitro e in vivo para a doença de Alzheimer”. De acordo com a professora, a doença de Alzheimer é uma patologia neurodegenerativa sendo a principal causa de demência em idosos, apresentando caráter progressivo e irreversível sendo caracterizada por perda de memória e declínio cognitivo. “Os medicamentos disponíveis conseguem apenas aliviar os sintomas, mas não impedem a progressão da doença que até hoje não apresenta cura. O objetivo desse trabalho é de investigar os efeitos da inosina como possível agente terapêutico para esta doença neurodegenerativa”, explica Roselia. A pesquisa receberá R$ 43,9 mil em três anos, para o seu desenvolvimento.