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Universidade Mais Humana: Solidariedade

 

TopoA Universidade Federal de Pelotas está cada vez mais caminhando em direção à valorização da vida. Nesta série de matérias de boas-vindas ao ano letivo, estão sendo apresentadas práticas, histórias de vida e maneiras de colaborar para que tenhamos cada vez mais uma instituição de ensino superior comprometida com a vida e mais humana.

Estão sendo abordados temas como racismo, homofobia, xenofobia, violência contra a mulher, AIDS e Doenças Sexualmente Transmissíveis, Alcoolismo e Drogas, Solidariedade, Cuidado com os Animais, Desperdício, Trote Solidário e Sustentabilidade.

São os estudantes, os professores e os servidores que fazem a UFPel ser o que ela é – e tornar-se tudo o que pode ser. Ao acolher sua comunidade acadêmica, a Universidade Federal de Pelotas deseja que cada um possa fazer de 2016 uma oportunidade para construir uma universidade mais humana.

SolidariedadeAções e projetos promovem a Solidariedade

Ensino, Pesquisa e Extensão, realizados de modo indissociável, são objetivos centrais da Universidade. Ao mesmo tempo, outros valores, como a Solidariedade, são cultivados na comunidade como instrumento de construção de uma Instituição melhor.

Enquanto a sociedade contemporânea incentiva a individualidade, o estudante, ao ingressar na Universidade, se depara com uma realidade voltada ao coletivo. A começar pelo espaço físico que precisa ser compartilhado. No ambiente universitário, convivem pessoas de diferentes contextos sócio-históricos e culturais.

O professor Édio Raniere da Silva, do curso de Psicologia, afirma que dentro do território da Psicologia Social, as pessoas são naturalmente sociais, ou seja, seres de relações. “O ser humano se constrói na alteridade,” destaca. Para ele, existe uma forma de solidariedade que se aproxima da caridade, como dar esmolas, por exemplo. Esta solidariedade gera uma relação de dependência.

“Entretanto, conceito de solidariedade não é puro, é sempre contextual,” alerta. O docente destaca que há outra forma de solidariedade, a que gera emancipação. São ações em que há reciprocidade, ou seja, há uma constante troca de benefício entre os agentes. “O engajamento do estudante em projetos da universidade é uma forma fantástica de exercer solidariedade”, reforça o professor Édio.

Um exemplo é o Programa Tecsol, coordenado pelo professor Antônio Cruz, do Centro de Integração do Mercosul. O programa atua de forma interdisciplinar realizando empreendimentos econômicos de tipo cooperativo ou de economia solidária.

Projetos que envolvem alteridade e gratuidade

A UFPel oferece várias maneiras de se exercer a solidariedade através de projetos de extensão, pesquisa e ensino vinculados a ações sociais em diversos cursos. Na Escola Superior de Educação Física (Esef), por exemplo, há projetos que proporcionam atividades esportivas como judô, basquete e bocha para pessoas com necessidades especiais. Os PETs de Odontologia oferecem os mais diferenciados serviços odontológicos à população em geral. Isto sem contar todas as iniciativas na área de saúde desenvolvidas através da Anasus/UFPel, com exitosas ações realizadas no Sistema Único de Saúde.

vizinhançaDentre as ações sociais promovidas pela Universidade, está o Programa Vizinhança, que atua junto às comunidades do entorno do Campus Anglo com inúmeros projetos nas áreas de saúde, cultura (foto), educação, entre outras. Segundo a coordenadora do programa, Nóris Leal, o Vizinhança foi pensado para estabelecer relações com a comunidade, tornando a UFPel mais humana, pois atua no atendimento das necessidades mais importantes destes grupos sociais. “Solidariedade não é só fazer doações, mas toda a iniciativa que faça com que a comunidade cresça”, constata a coordenadora.

Para saber mais sobre os projetos oferecidos pelas unidades acadêmicas, acesse https://buddhi.ufpel.edu.br/diplan/projetos/relatorios.php.

Ações voluntárias

umEm 2015, Pelotas e região passaram por vários momentos em que se fez necessário unir esforços em ações humanitárias como, por exemplo, durante as enchentes que atingiram centenas de moradores no Laranjal. A UFPel entrou no espírito solidário encabeçando diversas ações onde foram arrecadados alimentos, peças de vestuário e água para os desabrigados nas cheias do Laranjal. O mesmo aconteceu no episódio da enchente em Eldorado do Sul. A Universidade também esteve presente em campanhas de arrecadação de donativos como A Loja Vazia, Papai Noel dos Correios (foto), entre outras.

Atitude

Fazer o bem também vai além da doação de bens de consumo. Pequenos gestos, desde sorrir, ser cordial e cumprimentar as pessoas, oferecer-se para carregar a mochila de um colega, dar seu lugar no ônibus para alguém que necessite e engajar-se em causas sociais são ações que visam o bem estar do outro e beneficiam a convivência.

Carona solidária

IMG_1461Os campi da Universidade dispõem de pontos de carona solidária. O estudante que vai à universidade de carro pode oferecer carona para seus colegas ou, ao sair do campus, diminuir a velocidade e verificar se há alguém no ponto necessitando da carona solidária.

O estudante Roberto Geovanaz, formando do curso de jornalismo, conta que, certa vez, ao passar pelo ponto de carona, com seu fusca 83, encontrou quatro alunos da Engenharia Hídrica e se ofereceu para levá-los até o Restaurante Universitário, no centro. Ele conta que este gesto ainda precisa da adesão maior da comunidade acadêmica. “Passaram vários carros novos e ninguém deu carona, daí eles receberam carona em um carro antigo”, brinca Roberto, mostrando que para ser solidário é necessário apenas ter boa vontade.

Leia também: Trotes Solidários

 

Publicado em 26/01/2016, nas categorias Destaque, Notícias.
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