Bienal materializa a Universidade na comunidade e oportuniza novas ações
A I Bienal Internacional de Arte e Cidadania da UFPel, realizada de 15 a 22 de novembro, materializou a proposta da Universidade de ser cada vez mais da comunidade, todos os dias, através de uma produção coletiva multicultural e interdisciplinar, e criou um espaço de encontro que foi um verdadeiro motor de cultura. Além dos 200 eventos realizados, em toda a cidade e nos campi da UFPel, a Bienal permite, a partir de agora, a sequência de projetos e novas atividades, muitos deles fruto do que foi feito durante a semana. O evento foi uma realização da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Prec) da UFPel.
“A Bienal concretiza nossa proposta para a UFPel de ser uma Universidade da comunidade, de domingo a domingo, onde se pratique a troca de conhecimento e uma produção coletiva de Ciência, Tecnologia, Arte e Cultura”, festejou o reitor Mauro Del Pino. Para ele, a Universidade não pode ser local de apropriação individual do conhecimento, mas da produção cada vez mais multicultural e interdisciplinar. “E a Bienal colocou tudo isso em prática”, observou.
O reitor lembra que a partir de agora a Universidade tem seu espaço cultural, a antiga Brahma, destinado a toda a sociedade, que poderá ocupá-lo de forma coletiva para realizar suas expressões artísticas e culturais. Para tanto, a UFPel lançará um Edital de Ocupação do Espaço Cultural, em breve, quando grupos e artistas interessados poderão concorrer para lá atuarem. Em função desta ocupação, a Administração Superior preparará o espaço, com obras de melhorias na ala direita do local e colocação de palco fixo.
O grande número de ações simultâneas, fruto de esforço coletivo, valoriza a área da cultura na Universidade e a coloca em outro patamar de atividades planejadas, observou a pró-reitora de Extensão e Cultura, Denise Bussoletti. Da mesma forma, recorda a pró-reitora, o modo com que a UFPel recebeu os artistas convidados, de diferentes países, foi destacado. Também os grupos da cidade foram muito beneficiados, lembrou Denise, com as articulações que ocorreram.
Outro ponto positivo, para a pró-reitora, foi que a Bienal levou eventos a escolas, por exemplo, que nunca tinham recebido atividades desta ordem, e também a locais da Universidade sem tradição mais forte em Arte e Cultura, como o Campus Capão do Leão. “A Bienal espalhou arte, cultura e cidadania por todos os lugares, ao mesmo tempo em que recebeu as expressões e manifestações dos artistas de todas estas comunidades”, comemorou Denise.
A ideia, agora, disse a pró-reitora, é fazer uma movimentação cultural constante, que potencializará a produção do conhecimento na Universidade. E tudo está intimamente vinculado ao que propõe o Plano de Cultura da UFPel e suas ações, especialmente as das regiões de fronteira e ligadas ao conceito de latinidade. Nesta perspectiva, o Porto das Artes volta em 2016, como evento preparatório da próxima Bienal e como “ancoradouro” das experiências artísticas e culturais até 2017.
Futuro imediato
Para o coordenador de Arte e Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, Carlos Oliveira, além de ser um momento de fluxo de trocas e de ampliação de intercâmbio e das relações culturais, a Bienal permitirá e propiciará, a partir de agora, uma série de eventos e participações. A começar pela produtora do Grupo Canto América, da Costa Rica, que ficou em Pelotas para acertar agendas culturais e acadêmicas, e pelo próprio Coral da UFPel, que em função da participação na Bienal representará o Brasil no 28 º Encontro Internacional de Corais, que se realizará em Cusco, no Peru, em outubro de 2016. Também a artista plástica paulista Edith Derdick já programa nova mostra, na Laneira, para os primeiros meses de 2016, talvez em março. O Núcleo de Folclore (Nufolk) participará do Festival Internacional de Folclore e Arte Popular (Fifap), também por conta do trabalho feito na Bienal.
Além disso, Carlos Oliveira destaca as ações contínuas das caravanas culturais da UFPel nas cidades da região, especialmente as da fronteira, em conformidade com que o programa o Plano de Cultura da Universidade.
Apoio e trabalho
O reitor considerou como de fundamental importância as parcerias da Universidade com os Ministérios da Educação e da Cultura, através dos financiamentos dados à Bienal. Del Pino ressaltou o trabalho de dezenas de professores e centenas de estudantes na preparação e execução das atividades da Bienal, especialmente os do Centro de Artes, para que o evento fosse realizado com sucesso.
Fechamento
O último dia da Bienal, a exemplo do que ocorreu ao longo de toda a semana, foi de intensas atividades, da tarde à noite. Na região do Porto, onde as atividades estiveram mais concentradas, ocorreram o Picnic Cultural, à tarde, na praça da Alfândega, o Sofá na Rua com todas suas atrações, nos arredores do Centro das Engenharias, entre a tarde e a noite, e o show do percussionista e compositor Ney Rosauro e do Programa de Extensão em Percussão da UFPel (Pepeu), já no fim da programação, no Espaço Cultural. Tudo numa sequência de atrações, da tarde até a noite, formando o Corredor Cultural, que inundou a zona do Porto com muita música e cultura, permitindo uma perfeita integração com a comunidade, que esteve presente em todos os locais dos eventos.
Desde já, o reitor Mauro Del Pino deixou seu convite para que todos participem da próxima Bienal.