Reitor da UFPel é o orador da 192ª Semana da Pátria
Foram abertas na manhã desta segunda-feira(1º) as comemorações oficiais alusivas à 192ª Semana da Pátria. O cerimonial cívico-patriótico, realizado no Altar da Pátria foi prestigiado por autoridades civis e militares, por educandários do município e representantes da comunidade civil e militar. A UFPel foi distinguida nesta edição do evento, uma vez que o reitor da instituição, professor Mauro Del Pino foi escolhido como orador oficial da solenidade de abertura.
Também coube ao reitor o hasteamento do pavilhão nacional, enquanto igualmente eram hasteadas, ao som do hino nacional, executado pelas das bandas da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada e 9º Batalhão da Polícia Militar, as bandeiras do Rio Grande do Sul e do município de Pelotas.
Depois da entrega do fogo simbólico e do acendimento da chama na pira, no alto do altar – que continuará a arder ao longo da Semana da Pátria –, o presidente do núcleo local da Liga de Defesa Nacional (LDN), tenente-coronel Claudionor de Vargas Nascimento, destacou que o fogo simbólico, instituído no estado no ano de 1938, está presente anualmente nesta data “para manter vivos os valores da nacionalidade”. Ele apregoou o amplo acesso ao conhecimento dos valores cívicos e de cidadania, o amor à pátria e o culto aos heróis nacionais. Nascimento definiu o ato como de civismo e patriotismo, “dois grandes pilares de uma sociedade ordeira e democrática”.
Em seu discurso, o reitor Mauro Del Pino, disse que feliz é o povo que, no dia da sua Independência, pode olhar com orgulho para o passado e com esperança para o futuro – “principalmente quando essa esperança está firmada na realidade e não é apenas um sonho vago e distante”.
Ele destacou a jovialidade do imperador dom Pedro I, que tendo iniciado seu período de regente aos 22 anos, proclamava com menos de 24 anos a independência do Brasil. “Governante muito à frente do seu tempo, antes, já afrontara os valores da escravidão, atitude que, à época, significava andar na contramão da história e do poder. Seu grito de ‘independência ou morte’ pôs fim a uma história de mais de trezentos anos de conspirações e insurreições, de mortes, ódios e rancores”, destacou o orador.
Del Pino observou que dom Pedro I, como primeiro imperador do Brasil, nos deu também, pouco depois, a primeira Constituição, normas que regeriam o país por mais de 65 anos. O reitor destacou anda a figura de dom Pedro II, cujo reinado foi marcado por grandes transformações e momentos de progresso nas áreas da ciência, tecnologia e da educação, contribuindo decisivamente para a liberdade de imprensa.
“Exemplos como os de Tiradentes, D. Pedro I e D. Pedro II devem inspirar-nos a assumir, em nosso tempo, a luta pela verdadeira efetivação dos direitos humanos. Sem liberdade, não há igualdade possível, e, sem igualdade, não há efetiva liberdade”, enfatizou o reitor da UFPel.
Na avaliação do orador, as últimas décadas proporcionaram ao país a sensível valorização dos princípios democráticos que elevaram a dignidade da pessoa humana, pois o texto constitucional encontra sua razão e origem no homem e na sua liberdade. “Daí, posso afirmar, e o faço com toda a convicção, que liberdade envolve, de forma objetiva, o próprio conceito de democracia, que significa muito mais: denota, também, participação, tolerância, liberdade”, observou.
“Precisamos dar continuidade à história da nossa independência, e devemos exercer essa grande e irrenunciável missão colocando tudo quanto somos no mínimo que fazemos”, acentuou Mauro Del Pino. “Somos, cada vez mais, um país que olha para o presente e para o futuro com um mesmo olhar de alegria, conforto e esperança”, finalizou.