Workshop encaminha criação de unidade mista de pesquisa Embrapa/UFPel
A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a Embrapa Clima Temperado deram, nesta terça-feira(8), mais um importante passo rumo à consolidação da Unidade Mista de Pesquisa em Tecnologias Poupadoras de Insumos e Portadoras de Futuro, fruto de um protocolo de intenções firmado recentemente entre as duas instituições e que está baseado no compartilhamento de competências e infraestruturas na área de pesquisa.
Para ampliar o conhecimento sobre o funcionamento de uma unidade mista de pesquisa e inovação, foi realizado, no Salão Nobre da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, um workshop de partida, envolvendo, além das presenças do chefe geral da Embrapa CT, Clenio Pilon, e da vice-reitora da UFPel, Denise Gigante, parcela expressiva de pesquisadores.
Como ponto inicial do encontro, foi relatada a exitosa experiência da Unidade Mista de Pesquisa em Genômica Aplicada a Mudanças Climáticas (UMIP Genclima), constituída a partir de parceria entre a Embrapa e a Unicamp. Segundo o coordenador geral, Paulo Arruda, com orçamento superior a R$ 80 milhões, a Unidade trabalha com áreas como Bioinformática, Biologia Molecular, Tecnologia de expressão gênica, Transformação, Análise fenotípica, Tecnologia da Informação e Propriedade Intelectual. “Do ponto de vista administrativo e operacional é uma unidade independente”, explicou o palestrante.
Em sua explanação, o chefe da Embrapa Clima Temperado fez uma exposição sobre o que esperar da futura unidade mista, destacando como principal objetivo a geração de conhecimentos e soluções tecnológicas para uma agricultura mais eficiente. Entre as prováveis áreas abrangidas neste arranjo interinstitucional poderiam figurar o uso eficiente de recursos naturais e nutrientes, o desenvolvimento de novos insumos agrícolas, o fortalecimento do manejo integrado de pragas e da agroecologia, a química de produtos naturais e de biomassa e a produção e valorização de energias renováveis.
Segundo Clenio Pilon, é consenso a necessidade de definir o foco de atuação, bem como as linhas de pesquisa e densidade de alocação de esforços e de competências. De qualquer forma, os debates devem convergir para a construção de uma agenda comum com a descrição dos desafios emergentes, “e que faça sentido dentro dessa nova perspectiva de agricultura”. Em sua avaliação, os resultados só virão com a interação de esforços e de forma sincronizada – “como sempre fizemos (alusão às tradicionais parcerias entre as duas instituições), mas agora com um olhar muito mais atento e localizado”.
Para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPel, professor Luciano Agostini, há diversidade de conhecimentos sendo gerados na Universidade, mas é preciso dar um passo à frente, transformando ciência em resultados práticos e produtos. Ele espera o total engajamento dos estudantes de pós-graduação.
Após espaço para debates, foi deliberada a constituição de grupo de trabalho, com quatro ou cinco pesquisadores de cada instituição para dar sequência à criação da UMIP UFPel/Embrapa.